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Chapéu
Sindicato

Conferência aprova nova proposta de PLR para bancários

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Trabalhadores reivindicam o pagamento de um salário, valor fixo e mais 5% do lucro líquido
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Os bancários apresentarão, esse ano, uma nova proposta de reivindicação de participação nos lucros e resultados (PLR) aos banqueiros. A proposta, apresentada pelo presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, foi aprovada pela quase totalidade dos cerca de 550 delegados presentes à 7ª Conferência Nacional dos Bancários.

Até o ano passado, a PLR paga aos bancários era composta de 80% do salário mais valor fixo (de R$ 705, em 2004). Pela regra da convenção coletiva de trabalho, os bancos devem gastar com PLR entre 5% e 15% do seu lucro. No entanto, nos últimos anos, as instituições financeiras têm gastado menos de 5% em média. Esse número já foi de 12%. "O exemplo do Itaú é emblemático. Se pagasse os 80% do salário mais R$ 705, não chegaria aos 5% do lucro. Então, pela própria regra teve que pagar dois salários aos bancários e, ainda assim, atingiu pouco mais de 5%", conta Marcolino.

Por isso, a nova proposta reivindica o pagamento de um salário mais o valor fixo (os R$ 705 corrigidos pelo índice a ser definido pela Conferência até amanhã) mais 5% do lucro líquido distribuído de forma linear entre os funcionários. "Os lucros dos bancos aumentaram muito nos últimos anos, enquanto o número de funcionários caiu. Ou seja, a distribuição dos lucros é cada vez mais injusta."

Conferência – Nesse momento, os delegados da Conferência estão debatendo o tema emprego: fim das demissões, ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho, combate às terceirizações, organização dos trabalhadores por ramo financeiro e o respeito à jornada de seis horas. Ainda hoje, acontecem os debates sobre saúde e condições de trabalho.

A 7ª Conferência Nacional dos Bancários segue amanhã (31), quando será definido o índice de reivindicação para o reajuste salarial da categoria que tem data-base em 1º de setembro. No Brasil, são cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e região há cerca de 106 mil trabalhadores em bancos. No ano passado os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%.
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