O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região lamenta a violência a que a gerente de uma agência de Osasco e seus familiares, vítimas de sequestro, foram submetidos, e cobra providências da federação dos bancos (Fenaban) como por exemplo, acabar com a obrigação de os trabalhadores portarem a chave do cofre da agência.
Segurança é uma reivindicação permanente dos bancários e é um dos eixos principais da campanha nacional da categoria, deliberada em conferência nacional encerrada no último domingo, 19. Além de questões econômicas, os bancários entregarão nos próximos dias à Fenaban a pauta de reivindicações 2009, que também inclui questões de segurança como a retomada da Comissão de Segurança, formada por representes de bancários e banqueiros com o objetivo de elaborar um plano com medidas específicas para prevenir assaltos e que visem a segurança, integridade física e psicológica dos trabalhadores.
Os bancários também querem que seja extinta a tarefa de transporte e guarda de quaisquer numerários, malotes e de chaves de acesso aos cofres, bem como a guarda de acionadores de alarme, ficando esses serviços sob responsabilidade de empresas especializadas em segurança.
As reivindicações também incluem o estabelecimento de medidas reparatórias em decorrência de assaltos e seqüestros e indenização por morte ou incapacidade em decorrência de assalto.
Além disso, os bancários exigem mudanças na lei federal nº 7.102/83 que trata da segurança nos estabelecimentos bancários do país. Na semana passada, representantes dos bancários e dos vigilantes entregaram ao ministro da Justiça, Tarso Gero, uma proposta de projeto de lei para atualizar a norma em vigor.
Os funcionários de bancos convivem diariamente com a falta de segurança e muitos trabalhadores são vítimas dessa violência que quando não termina em morte, deixa reflexos como o adoecimento. Não é à toa que os bancários estão entre as categorias que mais sofrem com doenças mentais, entre elas a síndrome do pânico e estresse pós-traumático. Essa triste história de hoje não é um fato isolado e precisa ser mudada.
Juvandia Moreira Leite
Secretária-geral do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
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