São Paulo - O 11º Congresso Nacional da Central Única dos Trabalhadores (Concut), que reuniu mais de 2.300 delegados e delegadas, além de 140 dirigentes sindicais internacionais de 40 países, foi encerrado na sexta 13 com a aprovação de um sólido plano de lutas para enfrentar os impactos negativos da crise que afunda as economias dos países capitalistas centrais.
O espírito de mobilização e combate manifestado ao longo dos cinco dias de debates ganhou corpo no plano, que centra fogo no protagonismo da classe trabalhadora no campo e na cidade, em defesa do mercado interno, geração de emprego, distribuição de renda, valorização dos servidores e serviços públicos, pela redução da jornada de trabalho sem redução de salário, fim do fator previdenciário, contrato coletivo nacional na construção civil, democratização da comunicação, reforma agrária e por mais recursos para a agricultura familiar.
Mobilização - Incluída no Plano de Lutas, a agenda de mobilizações imediatas da CUT para o próximo período, que congrega a Jornada Nacional de Lutas, terá inicio no dia 18 de julho com a marcha dos servidores federais da CUT com apoio e sustentação da Central.
Já em agosto, no dia 15, A CUT realizará uma grande Marcha levando às ruas a plataforma pelo fim do fator previdenciário, contra desoneração patronal, rotatividade e precarização, pela ratificação da Convenção 158 da OIT - que inibe demissões imotivadas - , redução da jornada sem redução de salários e outras bandeiras de luta heterogêneas que envolvem toda classe trabalhadora.
Congregam também a Jornada de Lutas, a participação da Central na Marcha dos Rurais pela reforma agrária contra o latifúndio e o agronegócio marcada para agosto, apoio à Marcha Nacional da Educação, em Brasília, que ocorrerá no mês de setembro, e às campanhas salariais unificadas das diversas categorias do segundo semestre - como a dos bancários - contra o discurso do arrocho, buscando ampliar conquistas.
Como destacou o presidente recém-eleito, o bancário Vagner Freitas, “o Brasil precisa deixar de ser o paraíso dos bancos”, investindo na produção e no fortalecimento do setor público os imensos recursos ainda esterilizados na especulação, dotando o país das condições necessárias a incorporar os milhões de jovens que chegam anualmente ao mercado de trabalho, mas também garantindo apoio e segurança aos idosos.
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Para isso, ressaltou Vagner, “a CUT vai aprofundar o diálogo com a sociedade civil, fortalecendo ainda mais a aliança com os movimentos sociais, para impedir o retrocesso defendido pelos tucanos e sua política de desmonte do Estado, de privatizações e terceirizações”.
Ao final, Vagner leu uma mensagem encaminhada pelo ex-presidente Lula que não pode comparecer ao 11º Concut por motivos de saúde.
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CUT - 13/7/2012