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Paralisações e protestos em diversos estados

Linha fina
Metalúrgicos, comerciários, químicos, servidores, dentre diversas outras categorias, participam da mobilização pelo destravamento da pauta da classe trabalhadora
Imagem Destaque

São Paulo – O Dia Nacional de Luta, promovido pelas centrais sindicais e movimentos sociais, realizou paralisações e protestos em todas as unidades da federação. Cerca de 47 rodovias foram interrompidas em 17 estados e diversas categorias realizaram paralisações e atrasos. Até o fim da tarde da quinta-feira 11, pelo menos 17 estradas em seis estados (BA, MT, PA, PE, SC, RS) permaneciam com bloqueio parcial ou total.

No centro de São Paulo, comerciários realizaram manifestação na Rua 25 de março. Na zona sul da capital, cerca de 200 trabalhadores da construção civil realizaram marcha sobre a Ponte Estaiada. No Brooklin, cerca de mil motofretistas reuniram-se em frente ao sindicato da categoria e, posteriormente, somaram-se ao ato unificado no vão livre do Masp.

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Na Grande São Paulo, sete estradas foram bloqueadas no início da manhã (Castello Branco, Raposo Tavares, Anhanguera, Fernão Dias, Dutra, Mogi-Bertioga e Cônego Domênico Rangoni). Todas já foram liberadas.

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ABC – Cerca de 20 mil metalúrgicos, químicos, vidreiros e servidores municipais do ABC promovem passeata em São Bernardo do Campo. Os trabalhadores ocuparam uma faixa da Via Anchieta, na altura do Km 21, e seguiram para o Paço Municipal.

A redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salário, e o fim do fator previdenciário estavam entre as principais reivindicações dos manifestantes.

Em frente à fábrica da Scania, o presidente da CUT, Vagner Freitas, abriu o Dia Nacional de Luta dizendo que “o principal objetivo de hoje é destravar a pauta dos trabalhadores entregue no dia 6 de março ao governo federal”.

O dirigente da central também defendeu a taxação de grandes fortunas como forma de garantir a melhoria nos serviços públicos. “Quem tem mais paga mais, quem tem menos paga menos. É com esse tipo de distribuição de renda que podemos melhorar a educação, a saúde e os transportes”, afirmou Freitas.

Em São Caetano, operários da GM não entraram na fábrica e ocuparam os dois sentidos da Avenida Goiás. A paralisação começou por volta das 5h.
Um grupo de militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) bloqueou o cruzamento das avenidas Capitão Mario Toledo de Camargo e Dom Pedro 1º, em Santo André..

Brasília – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupou a sede do Incra na capital federal para exigir a retomada da reforma agrária no país. O movimento exige o assentamento de 150 mil famílias que hoje vivem acampadas. No final da tarde, os sem-terra deixaram o prédio e juntaram-se à manifestação no Eixo Monumental, em Brasília, na qual milhares de trabalhadores protestaram contra o PL 4330, que facilita a terceirização de serviços nas empresas. (foto à esquerda).

Rede Globo – Nesta quinta-feira 11, também estão previstos atos em todo o país pela democratização dos meios de comunicação e contra a Rede Globo, envolvida em um escândalo de sonegação de impostos. Em Salvador (BA), um grupo de manifestantes ocupou a sede da TV Bahia, afiliada da Rede Globo, e realizou um protesto no pátio da emissora.

Espírito Santo – No Espírito Santo, houve um protesto na praça de pedágio da rodovia do Sol, em Guarapari. A concessionária Rodosol, que administra a via, liberou os funcionários e colocou tapumes para proteger as cabines. A passagem dos veículos foi liberada.

Alagoas – Quatro rodovias federais tiveram pontos de bloqueio em Alagoas nesta manhã. O acesso ao aeroporto, na região metropolitana de Maceió, foi dificultado por um bloqueio na BR-104. Na mesma rodovia, houve outro bloqueio no município de Murici, na Zona da Mata alagoana.

Rio Grande do Sul – Os motoristas e cobradores de ônibus de Porto Alegre e da região metropolitana promoveram uma paralisação nesta quinta-feira. Todos os terminais foram interditados. Desde a quarta-feira 10, manifestantes ocupam a Câmara Municipal de Porto Alegre e reivindicam transporte 100% público.

Belo Horizonte – Na capital mineira, manifestantes concentraram-se na Praça Sete, no Centro, e ocuparam as duas faixas do viaduto Castello Branco, em direção à Avenida. Os metroviários de BH paralisaram as atividades em apoio às mobilizações.

Rio de Janeiro – Cerca de 2 mil pessoas marcharam pela Avenida Presidente Vargas no centro do Rio. Policiais usaram bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes nas redondezas da Candelária.


Renato Godoy com informações de agências de notícias  – 11/7/2013
(Atualizado às 18h33)

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