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Israel destroi única central elétrica de Gaza

Linha fina
Contagem de palestinos mortos já passa barreira dos 1,1 mil, sendo mais de 700 civis, de acordo com a ONU
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Brasília - A única central elétrica da Faixa de Gaza parou de funcionar após um bombardeio do Exército israelense durante a noite de segunda 28. A informação foi confirmada pelo diretor adjunto da Autoridade de Energia da Palestina, Fathi Al Sheikh Khalil.

"A única central elétrica de Gaza deixou de funcionar após um bombardeamento israelense na noite passada, que danificou o gerador de vapor antes de cair sobre os reservatórios de combustível, que pegaram fogo", informou Khalil.

Desde o início da ofensiva de Israel contra Gaza, 1.113 palestinos foram mortos, cerca de 70% civis, de acordo com a estimativa da ONU. Do lado israelense, três civis e 53 soldados perderam suas vidas - maior número desde a guerra contra o grupo Hezbollah, do Líbano, em 2006

A central fornece aproximadamente 30% da energia consumida em Gaza e o estrago causou a interrupção do fornecimento de eletricidade em várias partes da região, que tem uma população de 1,8 milhão de habitantes. Grandes incêndios também foram vistos na área da central, de difícil acesso para equipes de socorro.

Khalil também informou que cinco das dez linhas de energia que têm origem em Israel e abastecem Gaza foram danificadas pelos bombardeios. “Os serviços de manutenção não conseguem entrar na zona de modo a reparar as ligações", relatou.

Os problemas com o abastecimento energético são comuns na região, que também sofre com a escassez de água. Em tempos normais, as interrupções de energia chegam a durar entre oito e 12 horas, frequentemente. A precariedade afeta hospitais, escolas, o comércio e estações de tratamento de água.

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que a demanda por energia elétrica em Gaza é 360 megawatts: um terço, ou 120 megawatts, fornecidos por Israel, que impõe um bloqueio à região desde 2006; 22 megawatts pelo Egito e 80 megawatts pela central danificada.


Agência Brasil, com informações da Agência Lusa - 29/7/2014
 

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