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São Paulo – A ideia de que os movimentos sociais precisam conscientizar as bases beneficiadas por políticas públicas implementadas na última década soa quase como um mantra para o professor e economista Marcio Pochmann.
Na quarta-feira 30, terceiro dia da 14ª Plenária Nacional da CUT, em Guarulhos, ele defendeu mais uma vez que a ascensão econômica de 37 milhões de brasileiros da pobreza para a classe média nos últimos 10 anos não trouxe junto a conscientização dos brasileiros beneficiados por essa transformação social.
Segundo ele, o desafio para o movimento sindical é justamente cumprir o papel de agente de politização para construir uma maioria afinada com as reformas que o país obrigatoriamente terá de fazer. Entre essas, a sindical.
Para isso, Pochmann defendeu uma fórmula baseada num tripé formado pelo investimento em formação para qualificar os quadros sindicais, na escolha de dirigentes de acordo com sua capacidade de gestão e na comunicação com a base.
“A grande imprensa somos nós (movimento sindical). Quantos panfletos os sindicatos fazem por semana? Quantos jornalistas a imprensa sindical possui? O que precisamos é aprimorar o diálogo com as bases, fazer pesquisa para saber como o trabalhador vê a nossa comunicação”, sugeriu.
Para ilustrar a situação, Pochmann observou que mais de 22 milhões de pessoas tiveram acesso ao emprego formal. Porém, de cada 10 trabalhadores, apenas dois são sindicalizados. E 40% diz não aderir aos sindicatos porque, apesar de reconhecer a importância dessas organizações, não sabe quem defende a categoria porque não está presente no local de trabalho.
Ele apontou que a ampliação do acesso ao ensino superior, seja pelas políticas de inclusão como o Programa Universidade para Todos (ProUni) ou pela ampliação do poder econômico, elevou o trabalhador a um outro patamar de conhecimento e mudou o grau de exigência sobre as organizações sindicais.
“O aprimoramento dos quadros que temos nos sindicatos é fundamental, porque a classe trabalhadora muitas vezes está num nível superior ao dos dirigentes”, pontuou.
Para ele, a CUT tem ainda o desafio de pensar seu papel para o próximo ano. “Temos de ter um plano como ‘CUT+10’, para planejar qual deve ser o papel da Central na próxima década, uma maneira de fortalecer o projeto cutista para os trabalhadores.” Relações internacionais – Exemplo da qualificação defendida pelo economista ocorreu no final da noite, quando alunos da segunda turma do curso de extensão universitária Política e Sindicalismo Internacionais receberam o diploma de certificação.
O projeto é uma parceria entre a CUT e o Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Na quarta-feira 30, terceiro dia da 14ª Plenária Nacional da CUT, em Guarulhos, ele defendeu mais uma vez que a ascensão econômica de 37 milhões de brasileiros da pobreza para a classe média nos últimos 10 anos não trouxe junto a conscientização dos brasileiros beneficiados por essa transformação social.
Segundo ele, o desafio para o movimento sindical é justamente cumprir o papel de agente de politização para construir uma maioria afinada com as reformas que o país obrigatoriamente terá de fazer. Entre essas, a sindical.
Para isso, Pochmann defendeu uma fórmula baseada num tripé formado pelo investimento em formação para qualificar os quadros sindicais, na escolha de dirigentes de acordo com sua capacidade de gestão e na comunicação com a base.
“A grande imprensa somos nós (movimento sindical). Quantos panfletos os sindicatos fazem por semana? Quantos jornalistas a imprensa sindical possui? O que precisamos é aprimorar o diálogo com as bases, fazer pesquisa para saber como o trabalhador vê a nossa comunicação”, sugeriu.
Para ilustrar a situação, Pochmann observou que mais de 22 milhões de pessoas tiveram acesso ao emprego formal. Porém, de cada 10 trabalhadores, apenas dois são sindicalizados. E 40% diz não aderir aos sindicatos porque, apesar de reconhecer a importância dessas organizações, não sabe quem defende a categoria porque não está presente no local de trabalho.
Ele apontou que a ampliação do acesso ao ensino superior, seja pelas políticas de inclusão como o Programa Universidade para Todos (ProUni) ou pela ampliação do poder econômico, elevou o trabalhador a um outro patamar de conhecimento e mudou o grau de exigência sobre as organizações sindicais.
“O aprimoramento dos quadros que temos nos sindicatos é fundamental, porque a classe trabalhadora muitas vezes está num nível superior ao dos dirigentes”, pontuou.
Para ele, a CUT tem ainda o desafio de pensar seu papel para o próximo ano. “Temos de ter um plano como ‘CUT+10’, para planejar qual deve ser o papel da Central na próxima década, uma maneira de fortalecer o projeto cutista para os trabalhadores.” Relações internacionais – Exemplo da qualificação defendida pelo economista ocorreu no final da noite, quando alunos da segunda turma do curso de extensão universitária Política e Sindicalismo Internacionais receberam o diploma de certificação.
O projeto é uma parceria entre a CUT e o Cesit (Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho), do Instituto de Economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Luiz Carvalho e William Pedreira, da CUT, com edição da redação