Os bancários do Itaú de todo o Brasil realizaram nesta quinta-feira 14 um Dia Nacional de Luta contra a reestruturação do banco, anunciada no início do mês, que está resultando em demissões.
A atividade também foi motivada pelas dispensas que já vinham sendo feitas pelo banco; contra o fechamento de agências; e para denunciar os adoecimentos causados pelas metas cada vez mais abusivas e pela sobrecarga de trabalho decorrente das demissões e da cobrança por resultados.
Em São Paulo, as atividades foram concentradas no Centro da cidade, onde agências permanecerão paralisadas durante toda esta quinta-feira 14.
Na quarta-feira 13, o Sindicato dos Bancários de São Paulo já havia realizado uma atividade com fechamento parcial de agências na região da Avenida Paulista.
O Itaú anunciou no início de julho a automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, que tem gerado muitas demissões.
O banco deu prazo de 15 dias para os bancários do Consignado e de 60 dias para os da área de Veículos encontrarem outra vaga no Itaú. As vagas disponíveis, contudo, são insuficientes ou voltadas para perfis diferentes dos bancários envolvidos na reestruturação.
O Itaú também fechou 211 unidades entre janeiro e maio de 2022, sendo 108 só em São Paulo.
“O Itaú promove uma reestruturação que resultará em demissões ao mesmo tempo em que muitos departamentos e agências do banco operam com sobrecarga de trabalho e acúmulo de função, o que está levando muitos bancários ao adoecimento pela cobrança abusiva de metas e pela ameaça recorrente de demissão. Queremos uma negociação com a direção do banco para buscarmos uma solução que garanta os empregos e a saúde dos bancários.”
Sérgio Francisco, dirigente sindical e bancário do Itaú