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Banco do Brasil vai cumprir Fenaban

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Em reunião entre o Comando Nacional dos Bancários, a Comissão de Empresa e os representantes da direção do Banco do Brasil, realizada nesta quarta (31), ficou acertado que o banco pretende seguir as cláusulas econômicas negociadas com a Fenaban e que vai assinar a Convenção Coletiva Nacional da categoria. Os pontos específicos do BB serão tratados em acordo aditivo. Ficou definida também a prorrogação de todos os direitos dos funcionários enquanto durarem as negociações da campanha salarial 2005.

No que se refere à Participação nos Lucros, a direção do banco disse que concorda com a tese de distribuição mais linear para todos os bancários, valorizando os que ganham menos. Para lembrar, a proposta de PLR aprovada pelos bancários é de um salário mais R$ 788, além da distribuição linear de 5% do lucro para todos os trabalhadores.

“Esse é um grande avanço”, garante o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. “Estamos caminhando para a consolidação do acordo coletivo nacional.” Marcolino lembra, ainda, que o Comando Nacional dos Bancários pretende buscar esse acordo para todos os trabalhadores do país.
Reunião de negociação com a Caixa Econômica Federal deve acontecer na semana que vem.

Nova negociação – No próximo dia 13 acontece nova reunião com a direção do BB, quando serão discutidos pontos específicos como Parcela Previ, PLR, Comissão de Conciliação Voluntária, além do levantamento das cláusulas dos acordos existentes. No dia 16, serão debatidos Cassi, Plano de Cargos e Salários e Comissionados e recomposição do poder de compra dos salários.

Reivindicações – A minuta de reivindicações entregue em 11 de agosto contém 100 cláusulas econômicas e sociais. Os bancários querem reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.

A categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho.

No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%.
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