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Ato pede liberdade de expressão e reúne mais de 500 pessoas

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Ao som de É proibido proibir, cerca de 500 pessoas participaram do ato pela liberdade de expressão em frente à sede da prefeitura de São Paulo. Os 23  sindicatos parceiros e responsáveis pela publicação da Revista do Brasil protestaram contra a proibição da divulgação do primeiro número e denunciaram a censura que partiu da coligação PSDB/PFL contra a revista e a Central Única dos Trabalhadores, regional São Paulo. A representação, que alegava propaganda de cunho eleitoral, foi acatada pelo TSE que multou a entidade em R$ 21 mil e mandou tirar a revista do ar no sítio CUT/SP na internet.

Para lembrar o direito à liberdade de expressão, os trabalhadores levaram diversas placas com as capas de várias revistas brasileiras e com o slogan "Eles podem, porque os trabalhadores não?". No verso, a capa da edição censurada.

Foram distribuídos folhetos explicando à população a razão do ato, além de centenas de exemplares da Revista do Brasil. "O mínimo que eu poderia fazer é vir até aqui. Se não existe mais censura em nosso país, como podem proibir uma revista?", argumenta o professor Pedro Aparecido da Silva Brasil. "Somos contra a censura. Qualquer um tem a liberdade de se expressar", disse um bancário que acompanhou o ato.

A Revista do Brasil está na sua terceira edição, nasceu, em maio, da fusão de várias publicações produzidas pelas entidades sindicais, e chega a casa de 360 mil trabalhadores em todo o Brasil. O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, um dos diretores responsáveis pela publicação, disse que essas entidades tiveram a ousadia de construir um veículo de informação para dar voz aos trabalhadores. "E o que PSDB e PFL fizeram? Tentaram calar a nossa voz. Mas estamos aqui para dizer que não vão conseguir.”

O também diretor responsável, José Lopez Feijoó, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, lembrou que os trabalhadores têm uma extensa luta contra a censura. "Se nós fizemos greves quando a ditadura proibia, se tínhamos coragem de enfrentá-la e à sua censura, vamos agora, mais do que nunca, trilhar o caminho dos que lutam pela liberdade", afirmou.

Apoio – Representantes de diversos sindicatos e entidades participaram do ato: CUT/SP, CUT Nacional, metalúrgicos, químicos, professores, bancários, gasistas, eletricitários, entre outros. Jornalistas do Intervozes, da Carta Maior e da revista Fórum também marcaram presença. O vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Audálio Dantas, em seu discurso afirmou que " a ABI, independentemente de partidos políticos”, trazia sua palavra contra a censura e pela liberdade de imprensa".
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