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Bancários fazem dia nacional de luta nesta sexta. Na segunda, 21, tem negociação

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Bancários de todo o Brasil fazem protesto amanhã (dia 18), marcando o Dia Nacional de Luta da categoria. O ato será realizado para mostrar a disposição de mobilização dos trabalhadores, já que na segunda-feira, dia 21, representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e o Comando Nacional dos Bancários fazem a segunda rodada de negociação da campanha 2006, às 15h, no Hotel Renaissance (alameda Santos, 2.233, sala Pantanal).

Na primeira rodada, realizada no mesmo dia da entrega da minuta (10/8), os trabalhadores apresentaram as cláusulas consideradas prioritárias para a categoria (veja abaixo) e os banqueiros pediram prazo para analisá-las.
Em São Paulo, o Dia Nacional de Luta vai abranger 40 agências da Zona Leste de São Paulo. Às 10h, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região realiza um show de pop rock, na praça Silvio Romero, em homenagem aos trabalhadores.

“Como sempre, os bancários começam a campanha com muito bom-humor e muita disposição de negociar. Esperamos que os banqueiros, que tiveram mais um ano de excelentes resultados e lucro em alta, negociem e atendam às justas reivindicações dos trabalhadores”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Campanha – A categoria bancária tem data-base em 1º de setembro. São pouco mais de 400 mil trabalhadores no Brasil. Cerca de 110 mil deles em São Paulo, Osasco e 15 municípios da região de Osasco.

Os eixos econômicos da campanha nacional dos bancários são aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Outros quatro eixos são o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional. Questões específicas de saúde e de igualdade de oportunidades estão sendo debatidas em mesas separadas e serão transformadas em cláusulas da convenção coletiva.

Ramo – Também foi informado à Fenaban que, apesar de a categoria bancária contar com pouco mais de 400 mil trabalhadores em todo o Brasil, mais de um milhão de pessoas prestam serviços ao sistema financeiro e, cada vez mais, de forma indireta. Por isso, a campanha nacional realizará uma série de ações com o objetivo de fortalecer a representação de todos os trabalhadores do ramo financeiro.
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