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Marcelinho Carioca é convidado a conhecer realidade dos bancários

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“Quem não quer pressão, que vá trabalhar em banco”. A frase, proferida pelo meia atacante corintiano, Marcelinho Carioca, ao cobrar mais atitude do time paulista, levou o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região a convidar o atleta a conhecer a realidade dos funcionários de bancos. Em carta enviada ao jogador, o Sindicato informa que vários bancários são apreciadores de futebol e, muitos, corintianos.

“Independente do time pelo qual torcem, a pressão sofrida pelos trabalhadores nas agências e departamentos dos bancos é muitas vezes maior que aquela a que estão expostas muitas outras categorias de trabalhadores. Os postos de trabalho bancário foram reduzidos pela metade nas duas últimas décadas. O trabalho, no entanto, triplicou. Não bastasse isso, os empregados de banco sofrem em níveis epidêmicos com doenças como lesões por esforços repetitivos, depressão e síndrome do pânico – relacionada ao grau de exposição desses trabalhadores e suas famílias a assaltos e seqüestros”, diz trecho da carta. A assessoria de imprensa do Corinthians já confirmou o recebimento.

“Estamos certos que o Marcelinho aceitará o convite do sindicato e vai se tornar um parceiro na luta dos bancários contra o assédio moral a que a categoria está exposta”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

Veja a carta:
Prezado Marcelinho

A direção do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região vem por meio desta convidá-lo para conhecer nossa entidade, visitar nossa sede (Rua São Bento, 413, edifício Martinelli, no centro da capital) e saber um pouco mais sobre a realidade e o dia-a-dia da categoria bancária. Sua frase, sobre “quem não quer pressão”, apesar de totalmente equivocada, foi oportuna no sentido de colocar em pauta o debate sobre as condições de trabalho a que estão expostos os funcionários de bancos.

Somos apreciadores de futebol, muitos entre nós, corintianos. Independente do time para que torcem, a pressão sofrida pelos trabalhadores nas agências e departamentos dos bancos é muitas vezes maior que aquela a que estão expostas muitas outras categorias de trabalhadores. Os postos de trabalho bancário foram reduzidos pela metade nas duas últimas décadas. O trabalho, no entanto, triplicou. Não bastasse isso, os empregados de banco sofrem em níveis epidêmicos com doenças como lesões por esforços repetitivos, depressão e síndrome do pânico – relacionada ao grau de exposição desses trabalhadores e suas famílias a assaltos e seqüestros.

Por isso, reforçamos nosso convite para que você conheça melhor as dificuldades da nossa categoria e torne-se um parceiro na luta desses trabalhadores contra o fantástico poder econômico dos banqueiros.

Saudações
Luiz Cláudio Marcolino
Presidente
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
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