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Na véspera da primeira negociação com a Fenaban, bancários realizam atividades de rua nesta terça, 2

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Música e mutirão de esclarecimento nas agências bancárias nesta terça-feira, 26 de agosto, dão continuidade às atividades da Campanha Nacional dos Bancários 2008 na semana da primeira negociação com a Federação dos Bancos (Fenaban), marcada para esta quarta, 27. Hoje os atos acontecem a partir das 10h nas agências da Avenida Faria Lima e da região do Jaçanã. Entre 11h e 13h às atividades serão concentradas em frente à agência Santander (Avenida Guapira, 2.480).

Negociação e ato – O Comando Nacional dos Bancários reúne-se nesta quarta-feira, 27, com a Fenaban em meio a uma série de resultados e estudos que apontam o crescimento dos bancos. Seja qual for o parâmetro escolhido – rentabilidade, lucro, ativos –, o setor está entre os que mais cresce no país.

“Os bancos estão devendo muito para o Brasil e nós vamos cobrar. Podem, por exemplo, pagar melhores salários e gerar mais empregos, que acarretariam melhores condições de trabalho e de atendimento à população”, afirma o presidente do Sindicato, dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. A pauta de reivindicações da categoria foi entregue no último dia 13.

Nesta quarta, 27, os atos serão realizados no eixo da Avenida Paulista em frente às concentrações dos bancos, prédios onde funcionam os departamentos administrativos das instituições.

Quinta-feira, 28 de agosto, Dia do Bancário - Na quinta, os bancários voltam à Paulista para comemorar o Dia do Bancário. As celebrações terão direito a bolo, apresentações de malabares e performances com perna de pau, grupos musicais, além da distribuição de pirulitos fixados com os principais eixos de reivindicação da campanha: aumento real, PLR maior, Plano de Cargos e Salários (PCS), fim da metas abusivas e do assédio moral, além do auxílio-educação para todos.

Veja as principais reivindicações

Índice – reajuste de 13,23% (inflação mais 5% de aumento real)

Vale-alimentação – R$ 415 (mesmo valor do salário mínimo)

Vale-refeição – R$ 17,50 por dia

Participação nos Lucros e Resultados (PLR) – três salários mais valor fixo de R$ 3.500, sem teto, nem limitador.

Auxílio-creche – R$ 415 (mesmo valor do salário mínimo)

Pisos salariais – aumento progressivo, em três anos, até atingir o piso do Dieese, atualmente estimado em R$ 2.074, sendo incorporado 50% da diferença entre o piso da categoria (R$ 921,49) e o piso do Dieese neste ano, 25%, em 2009, e outros, 25% em 2010. Desta forma, neste ano, o piso da categoria passaria a valer R$ 1.497,75 para escriturários, R$ 1.947,07 para caixas e tesoureiros, R$ 2.321,50 para primeiro comissionado, e R$ 3.369,93 para gerente.

Plano de Cargos e Salários (PCS) – formulação de um PCS para todos. A proposta prevê 1% de reajuste a cada ano de trabalho. A cada cinco anos, esse reajuste será de 2%. O banco é obrigado a promover o bancário pelo menos um nível a cada cinco anos. A proposta de PCS determina, ainda, que os bancos são obrigados a treinar o trabalhador para a nova função por no mínimo 60 dias. E quando houver uma nova vaga, o banco é obrigado a fazer um processo de seleção interna para preenchê-la. Para cada cargo e função, o banco deve apresentar a grade curricular necessária e oferecer o curso aos trabalhadores dentro do expediente. Em caso de descomissionamento do bancário, a comissão será incorporada ao salário integralmente.

Fim da metas abusivas – Os bancários querem interferir nas metas que estão na base da gestão do sistema financeiro. As metas passarão a ser definidas com o movimento sindical, a partir do local de trabalho – agências ou departamentos – e levando em consideração a região, o porte das agências, o número de funcionários, a base de clientes e o perfil econômico local. Devem ser obrigatoriamente coletivas e não individuais, considerando a região e número de clientes. Deve ocorrer a redução das metas quando houver a diminuição de trabalhadores.

Contratação de remuneração total – Além do reajuste salarial, os bancários querem regrar a remuneração variável. A reivindicação é de distribuição de 5% da receita de prestação de serviços de forma igualitária entre todos os bancários. O pagamento deverá ser feito após a publicação do balanço trimestral. Além disso, 10% de toda a produção da agência deve ser distribuída entre os trabalhadores da unidade.

Novas conquistas – Auxílio-educação e a criação de um plano de previdência complementar fechado, com gestão compartilhada.

Emprego - Ratificação da convenção 158; defesa do emprego; cumprimento da jornada de 6 horas; contratação de mais funcionários, estabelecendo efetivo mínimo para o atendimento aos clientes.

Segurança - Instalação de portas de segurança em todas as agências bancárias já no auto-atendimento; pagamento de adicional de risco de vida no valor de 40% do salário para funcionários de agências e PABs.

Reivindicações Políticas
Defesa dos bancos públicos
Ampliação do crédito produtivo para investimentos, principalmente agrícola
Redução da taxa de juros
Regulamentação do artigo 192 da Constituição Federal (que estabelece o papel do sistema financeiro no país)
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