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Bancários fazem passeata nesta quinta-feira (22) no centro de SP

Linha fina
Dia Nacional de Luta terá manifestações em todo o país
Imagem Destaque
Bancários realizam nesta quinta-feira (22) o Dia Nacional de Luta por melhores condições de trabalho e reajuste salarial, conforme reivindicações já entregues à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na Campanha Nacional Unificada 2013.
A passeata dos bancários, em São Paulo, começa às 18h30, com concentração em frente à sede do Sindicato (Rua São Bento, 413, Centro). A categoria vai percorrer ruas do centro da cidade.

“Até agora, não houve avanço nas rodadas de negociação entre o Comando Nacional e a Fenaban. Os bancos estão reduzindo empregos e, ainda assim, aumentando suas atividades e, consequentemente, seus lucros. Os seis principais bancos do país tiveram R$ 29,6 bilhões de lucro líquido no primeiro semestre, com redução de 5% no número de empregados por agência”, diz Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região. “A categoria bancária está entre as que mais sofrem com doenças ocupacionais relacionadas à forma de gestão dos bancos que apostam numa rotina de metas abusivas, extrema pressão e assédio moral como forma de aumentar sua produtividade.”

Na segunda-feira (26), o Comando Nacional volta a ser reunir com a Fenaban. A terceira rodada de negociação vai discutir itens das cláusulas econômicas que estão na pauta de reivindicações da categoria. Entre eles estão o índice de 11,93% (reposição da inflação mais aumento real de 5%), o piso salarial no valor de R$ 2.860,21 e a PLR (três salários base mais parcela adicional fixa de R$5.553,15). Os bancários também pedem a valorização dos vales refeição e alimentação (um salário mínimo, R$ 678,00). Os bancários reivindicam melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas (ver principais itens abaixo).

INSS - Mais de 21 mil bancários (21.144) foram afastados no ano passado, de acordo com dados do INSS, em todo o país –sendo 27% por LER/Dort e 25,7% por transtornos mentais e comportamentais (como stress, depressão, síndrome do pânico). Somente nos três primeiros meses de 2013, 4.387 pessoas se licenciaram pelos mesmos motivos (25,8% transtornos mentais e 25,4% por LER/Dort). Em 2011, o número de bancários afastados foi de 20.714.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 500 mil bancários no Brasil, sendo 141 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos nove anos, a categoria conseguiu aumento real - acumulado entre 2004 e 2012 - de 16,22%. Sendo 2009 (1,50%); 2010 (3,08%); 2011 (1,50%) e 2012 (2,00%).

Principais reivindicações da categoria:

• Reajuste Salarial de 11,93%, sendo 5% de aumento real, além da inflação projetada de 6,6%
• PLR – três salários mais R$ 5.553,15
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.860,21)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá – Salário Mínimo Nacional (R$ 678)
• Emprego – Fim das demissões em massa, ampliação das contratações, combate às terceirizações e contra o PL4330 (que libera a terceirização e precariza as condições de trabalho), além da aprovação da convenção 158 da OIT (que inibe dispensa imotivada)
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Mais segurança nas agências bancárias, com a proibição do porte de chaves de cofres e agências por bancários
• Igualdade de oportunidades, com contratação de pelo menos 20% de trabalhadores afro-descendentes


Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
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