Pular para o conteúdo principal

Direção do HSBC muda gestão de RH

Linha fina
No entanto, banco não aceitou rever programa de reembolso de combustível; negociações seguem após Campanha Nacional 2013
Imagem Destaque

São Paulo – A terceira rodada de negociações permanentes entre representantes do movimento sindical e do HSBC, ocorrida na quarta-feira 21, teve avanços em questões importantes, mas outros pontos fundamentais para os trabalhadores continuam estagnados.

Um dos temas que motivou mobilização e luta e que finalmente mudou foi a gestão do setor de recursos humanos do banco britânico, que apresentou sua nova diretora, Alexandra Roth, em substituição a Vera Saicali.

O HSBC, no entanto, se recusou a rever outra questão central e que é motivo de queixa entre os bancários: o CPK – programa de reembolso de combustível. Atualmente, o banco paga R$ 0,46 por quilometro rodado aos funcionários que utilizam seus veículos para fazer visitas aos clientes, mas sua posição na mesa de negociação é a de que não pode aplicar qualquer reajuste.  “O valor pago por quilometro rodado não é reajustado há mais de cinco anos”, ressalta a diretora do Sindicato Liliane Fiuza.

Conforme previsto, a instituição trouxe os pontos para a formalização do acordo específico, contemplando direitos praticados atualmente: plano de saúde e odontológico com duas operadoras; direito a folgas por tempo de casa e no dia do aniversário; adiantamento salarial, no caso das férias, em até cinco parcelas; e bolsa educacional.

O movimento sindical solicitou a inclusão de mais três itens: o Plano de Previdência Complementar já concedido, a criação da mesa paritária de saúde e a utilização de cursos de treinet somente dentro da jornada de trabalho. As negociações seguem após Campanha Nacional 2013.

A redação do instrumento apresentado durante a negociação será submetida à avaliação da assessoria jurídica da Contraf-CUT para envio aos sindicatos filiados e, uma vez aprovado, posterior formalização.

PPR – O banco admite que o programa próprio de resultados esteja desvinculado da PLR da CCT dos bancários e, portanto, não efetuará a compensação entres os dois. Mas não aceita incluir esses termos no acordo nem estabelecer negociação direta com as entidades sindicais para construção do programa neste momento.

Pendências – O HSBC concorda em continuar debatendo, mas não apresentou redação final para os seguintes pontos: compartilhamento de agências: voltará ao debate e informou que Aides Jr, representante da área de operações, será convidado para as discussões; acesso dos dirigentes sindicais liberados e dos licenciados para tratamento de saúde ao portal RH e a comunicados internos: o banco disse estar tratando internamente da operacionalização para viabilizar o acesso; adiantamento de férias em dez parcelas; dentre as cláusulas do ACT que será formalizado, inclusão do direito de todos os admitidos até 31 de dezembro de 2012 de permanecerem com seu plano de saúde nos casos de aposentadoria, uma vez que contribuíram para o plano nos termos da norma 279 da ANS; Plano de Previdência Complementar: apesar do benefício já estar implantado, uma série de ajustes foi proposta, como a elevação do percentual mínimo de contribuição pela patrocinadora, de 0,5% para 3%, paritário; e Vale Cultura.

Balanço semestral – A respeito do balanço semestral divulgado, ficou decidida a realização de uma reunião específica – em breve, mas sem data marcada – para analisar as perspectivas e problemas decorrentes dos maus resultados apresentados (lucro líquido 24% inferior ao mesmo período de 2012), particularmente impactos no nível de emprego, programas próprios de remuneração e PLR.


Redação, com informações da Contraf-CUT – 22/8/2013

seja socio