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Quase todo país defende a reforma política

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Segundo pesquisa do Ibope encomendada pela OAB, 85% querem a mudança e 78% dos entrevistados são contrários às doações em dinheiro por empresas para partidos e candidatos
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São Paulo – Uma pesquisa realizada pelo Ibope aponta que 85% da população é a favor de uma reforma política para realizar mudanças nas regras eleitorais e no sistema político brasileiro. A pesquisa foi feita entre os dias 27 e 30 de julho, a pedido da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e ouviu 1.500 eleitores.

Para 84% dos brasileiros, caso seja aprovada, a reforma política deve passar a valer para as eleições de 2014, ante 13% que consideram melhor esperar o pleito de 2016 e 3% que não sabem ou não respondem.

A reforma política ressurgiu com força no debate nacional após os protestos de junho. Para contemplar os anseios por mais participação, a presidenta Dilma Rousseff sugeriu um plebiscito para uma reforma política que passaria a vigorar já em 2014. Porém, os setores conservadores do Congresso querem barrar a medida.

Apenas 7% do total de entrevistados declaram ser contra a reforma, enquanto 4% se dizem indiferentes e outros 4% não sabem ou não respondem à questão.

Sobre o tipo de financiamento, 78% dos entrevistados são contrários às doações de dinheiro feitas por empresas privadas para partidos e candidatos, enquanto 17% são favoráveis.

“O atual modelo de financiamento privado privilegia o poder econômico. Não à toa, a maior parte do Congresso não defende o interesse dos trabalhadores. O Sindicato vai se somar às mobilizações para a realização de uma reforma política para alterar esse quadro. O Congresso precisa ouvir a sociedade”, defende Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato.

Mais números – Quando analisada a reforma política, via projeto de lei de iniciativa popular, ou seja, com propostas vindas da população, 92% dos brasileiros se declaram favoráveis, ante 4% que são contra, 1% que estão indiferentes e 3% que não sabem ou não respondem sobre o tema.

A mudança na maneira de eleger os deputados ganha adesão de mais da metade da população: 56% são favoráveis a votar em uma lista de propostas e só depois na lista de candidatos, ante 38% que preferem o modelo de votação atual, 2% que são indiferentes e 5% que não sabem ou não respondem.

No caso da votação em uma lista de propostas, em vez da lista de candidatos, os projetos referentes à saúde receberiam o voto de 84% dos eleitores, quando considerada a primeira e segunda menção dos entrevistados. Na sequência, aparecem educação (58%), controle dos gastos públicos e corrupção (24%), segurança pública (23%) e transporte público e mobilidade urbana (8%).


Redação – 6/8/2013

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