São Paulo – Integrantes do Sindicato se reuniram com gestores de teleatendimento do HSBC para discutir uma série de temas de interesse dos trabalhadores do setor entre eles a assinatura obrigatória de carta de contingência, entrega de atestado por terceiros, sistema e dúvidas a respeito do plano de saúde.
Na negociação, ocorrida na sexta 23, os representantes do banco negaram a existência de problemas, mas, mesmo assim, se comprometeram a verificar as denúncias e dar respostas.
Carta – Foi informado que a carta que os funcionários são obrigados a preencher e a assinar, com telefone, endereço entre outras informações, é um plano de contingência para situações de emergência, como um incêndio, e não será utilizada para impedir a mobilização dos trabalhadores. “Esperemos que as afirmações do banco se confirmem, pois não aceitamos qualquer tipo de retaliação às manifestações”, afirma o dirigente sindical Nelson Nascimento.
Atestado médico – Os gestores esclareceram que no caso de o bancário estar impedido, o atestado médico poderá ser entregue ao RH por qualquer pessoa, inclusive colegas de trabalho. Nelson salienta que é reponsabilidade do banco pagar o transporte se o funcionário não tiver condições de entregar o documento por conta própria.
“O prazo de entrega é de até 48 horas, podendo ser maior se o trabalhador não puder entregá-lo por motivo de saúde comunicado previamente à empresa. Portanto, qualquer informação diferente tem de ser denunciada ao Sindicato”, afirma o dirigente.
Problemas no sistema – Os trabalhadores do setor também se queixam do software utilizado para o atendimento. Na reunião, os gestores do HSBC negaram que o problema ainda exista. “Os representantes do banco informaram que a empresa passou por uma reformulação no sistema e as mudanças já foram totalmente implantadas; segundo eles, satisfatoriamente”, diz Nelson, acrescentando que também foi informado que nenhuma das falhas no sistema prejudica os trabalhadores financeiramente.
Em relação ao atendimento aos clientes, foi informado que houve uma reorganização no serviço baseada nos resultados dos últimos períodos e nos perfis de cada trabalhador. “Haverá, no entanto, um sistema de rodízio e de acompanhamento dos funcionários para tentar corrigir possíveis erros”, explica Nelson.
Escala – A variação de duas horas, para mais ou para menos, nas escalas de fim de semana vão continuar. Os trabalhadores reclamam dessa medida por questões de segurança, principalmente em relação ao transporte para chegar ou sair da concentração. Os representantes do HSBC, no entanto, garantiram que um sistema de vans que leva da concentração até o metrô está funcionando. “Caso isso não esteja ocorrendo, é fundamental que denunciem ao Sindicato”, alerta Nelson.
Coparticipação – Problemas relacionados ao plano de saúde também foram discutidos na reunião. Os trabalhadores se queixam de falta de informação do RH sobre a coparticipação, sistema implementado este ano pelo banco de forma unilateral, no qual os funcionários têm de arcar com parte das despesas das consultas e exames.
Os representantes do banco inglês se comprometeram a solicitar à operadora do plano de saúde e disponibilizar informações para que os trabalhadores possam acompanhar os valores que serão pagos na coparticipação.
“Eles também se comprometeram a divulgar aos trabalhadores o resultado dessa reunião. Qualquer informação ou procedimento diferente do que relatamos deve ser denunciado ao Sindicato”, finaliza o dirigente.
Rodolfo Wrolli – 26/8/2013
Linha fina
Em reunião, gestores negaram existência dos transtornos denunciados pelos funcionários do teleatendimento, mas se comprometeram a averiguar
Imagem Destaque