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Ato anuncia plebiscito pela reforma política

Linha fina
Com panfletagem na capital, CUT divulga urnas que estarão espalhadas por todo o país, entre 1º e 7 de setembro, colhendo votos de apoio à Constituinte para mudar sistema eleitoral
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São Paulo - Divulgar o plebiscito popular pela instalação de uma Assembleia Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, que será realizado em todo o país na Semana da Pátria, entre 1º e 7 de setembro. Foi com esse objetivo que militantes de movimentos sociais, da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Sindicato foram às ruas da capital paulista na terça-feira 12.

Houve panfletagem e ato em frente ao Teatro Municipal, no Centro. No início da noite, mais de 2 mil pessoas saíram em passeata até a Câmara dos Vereadores.

A Reforma Política faz parte da pauta geral dos bancários, aprovada na 16ª Conferência Nacional da categoria.

A mobilização marcou o início de um desafio: fazer com que o tema ocupe o país até setembro, quando as urnas estarão espalhadas pelas ruas, praças e outros espaços públicos de todas as capitais e vários municípios brasileiros.

Nesses sete dias, a população será convidada a responder uma única pergunta: “Você é a favor de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político?”.

A secretária de comunicação da CUT-SP, a bancária Adriana Magalhães (foto), destaca que o desafio é ainda maior por conta da total ausência do assunto na grande mídia. “Uma reforma do sistema político não atende aos interesses dos grandes meios de comunicação e isso explica porque não vemos notícias adequadas sobre o tema e outros como greves, luta pela moradia ou por reforma agrária.”

Entenda – O plebiscito popular, uma consulta informal à população, faz parte da estratégia para pressionar o Congresso Nacional a instalar a Constituinte.

“A coleta dos votos parece difícil, mas basta perguntar às pessoas se estão satisfeitas com o atual sistema político. A resposta, em geral, é não, porque esses políticos não nos representam, afinal, via de regra, quem garante a eleição é o poder econômico, as grandes empresas que financiam as campanhas e fazem com que o político tenha o rabo preso com quem investiu”, criticou o diretor Executivo da CUT, Júlio Turra.

Por acreditarem que o Congresso, tal como é hoje – com grande maioria de representantes de empresários e ruralistas –, não aprovará mudanças no sistema político brasileiro, é que os movimentos social e sindical lutam para que a sociedade possa eleger deputados exclusivamente para essa função.

Uma das propostas da Reforma Política é o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, em 2012, 95% dos recursos totais da campanha eleitoral foram doados por empresas. Para a CUT, o resultado disso é a interferência dos interesses privados na formulação de leis, em licitações públicas e decisões de políticos.


Redação, com informações da CUT - 13/8/2014

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