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Dilma manterá política de valorização do mínimo

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Compromisso da presidenta foi firmado na 14ª Plenária Nacional da CUT que aprovou por unanimidade apoio à sua reeleição à Presidência da República
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São Paulo - A presidenta Dilma Rousseff, candidata à reeleição ao principal cargo do país, comprometeu-se em manter todos os direitos trabalhistas, impedir a retirada dos avanços conquistados no mercado de trabalho nos últimos anos e de manter a atual política de valorização do salário mínimo. A declaração foi feita na quinta 31, diante de mais de 600 dirigentes que participaram do 14ª Plenária Nacional da CUT.

O evento cutista, realizado entre os dias 28 e 31 de julho, em Guarulhos, para fazer análise de conjuntura nacional, foi marcado também pela formalização do apoio da central sindical à reeleição de Dilma, à qual foi entregue a pauta da classe trabalhadora.

“Eu não fui eleita nem serei reeleita para reduzir salário de trabalhador nem para colocar nosso país de joelhos diante de quem quer que seja”, disse a presidenta Dilma, logo nos primeiros momentos de seu discurso. “Eu não sou uma pessoa pretensiosa, e posso não acertar sempre, nem agradar a todos, mas eu jamais traio os meus compromissos nem minha parceria”, completou.

Dilma também lembrou que o Brasil, assim como o restante do mundo, está enfrentando a “maior crise econômica desde 1929”, mas que o país o faz de forma diferente da maioria. “O Brasil está enfrentando a crise de forma a continuar a crescer. Por isso, tomamos todas as medidas para preservar o que há de mais importante: o emprego.”

Documento entregue à presidenta detalha os motivos que levaram os dirigentes presentes à 14ª Plenária a aprovarem por unanimidade sua candidatura à reeleição, além de detalhar alguns dos principais pontos da pauta dos trabalhadores: “Queremos a manutenção da política de valorização do salário mínimo e das aposentadorias, o combate a todas as formas de discriminação, entre elas a que estão submetidas as mulheres, os negros e as negras e a juventude; a regulamentação da Convenção 151 da OIT e a valorização dos servidores públicos, a geração de mais e melhores empregos, reforma agrária e políticas públicas para a agricultura familiar, entre outros itens que constam na Plataforma CUT da Classe Trabalhadora.”, consta na carta.

Em outro trecho é reforçado o apoio para que sejam promovidas reformas essenciais ao país na visão da central: “A militância da CUT estará junto com Dilma para lutar pelas reformas estruturais tão necessárias ao nosso País, tais como: a reforma tributária, a agrária e a política, esta última por meio de uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político, a democratização dos meios de comunicação, entre outros temas que a CUT defende em sua Plataforma entregue à presidenta Dilma nesta 14ª Plenária Nacional.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, foi enfático ao defender o apoio e pedir mais mudanças à candidata. “Queremos mais crescimento com distribuição de renda”. Reivindicou a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, o fim do fator previdenciário, a regulamentação da convenção 151 da OIT – que trata de negociação no serviço público – reforma agrária, valorização da agricultura familiar e igualdade de direitos para mulheres.

“E isso só tem uma condição para acontecer: mais Dilma. Os demais serão mais FMI, redução de direitos, diminuição das políticas públicas hoje conquistadas. Estamos aqui com a senhora porque será bom para nós e para nossos filhos.”


Isaías Dalle, da CUT, com edição da Redação – 1º/8/2014

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