Pular para o conteúdo principal

Jornada internacional contra sucateamento do HSBC

Linha fina
Bancários de todas as Américas farão protestos nos países onde o banco opera contra uma série de problemas, incluindo sistema precário e falta de funcionários
Imagem Destaque

São Paulo – Os bancários de todos os países das Américas onde o HSBC atua farão Jornada de Luta das Américas, com série de atos para denunciar as más condições de trabalho no banco britânico. As manifestações ocorrem nesta sexta 22, no Tower, e em agências da base do Sindicato, que abrange São Paulo e Osasco e região. Os protestos irão denunciar o sucateamento de equipamentos e de ferramentas de trabalho, a falta de funcionários, dentre outros problemas.

"Vamos protestar contra todas as questões que fazem os trabalhadores sofrerem, desde a dificuldade para o reparo de um aparelho de ar-condicionado até as adversidades causadas pelo sistema do banco, que vive caindo ou travando, sem se esquecer de situações como teto que desaba ou rato morto debaixo do assoalho", enumera o dirigente sindical Paulo Sobrinho.

> Rato em decomposição atrai varejeiras no HSBC
> HSBC mantém condições precárias e perigo no Casp

Mas os problemas a serem denunciados não param por aí. Os bancários também terão a oportunidade de cobrar do HSBC a falta de funcionários; diferenciação salarial entre empregados com as mesmas funções; metas que o banco nega existir, mas que tiram o sono e a saúde de todos; o "novo programa" de premiação que ninguém entende como funciona ou sabe se vai receber; e até mesmo a dificuldade para entregar simples atestado médico.

"Vamos denunciar para a população. O banco se diz um dos maiores do mundo, mas de grande tem só uma coisa: falta de respeito e compromisso com seus funcionários, pois não dá condições mínimas de trabalho”, afirma o dirigente.

Paulo Sobrinho ressalta que o banco está em plena campanha para que os clientes deixem de ir às agências e utilizem apenas os canais alternativos, como internet e telebanco. “O HSBC chegou ao ponto de estabelecer meta por agência para cliente que deixe de procurar os espaços físicos da instituição financeira.”

Reivindicações – O movimento sindical cobra mais contratações, invistimento em equipamentos adequados, implantação de plano de cargos e salários eliminando as diferenciações de remuneração para os mesmos cargos, melhor orientação de gestores para acabar com práticas de assédio moral e, por fim, assinatura do Acordo Marco Global.

Os bancários brasileiros estão em Campanha Nacional Unificada por reajuste salarial e outras reivindicações.  O lema deste ano é: "Bancos em 3D: demitem, desrespeitam, deprimem. Vamos mudar essa história". Com ele a categoria pretende chamar a atenção da sociedade utilizando o bom humor e o universo cinematográfico para abordar as dificuldades dos trabalhadores e clientes bancários.

"O filme que mais caracteriza a situação dos bancários do HSBC é o "Monstro do Balanço", que come todo o lucro do banco e, com ele, a nossa PLR", brincou uma funcionária. "Precisamos matar esse mostro, pois lucro nós damos", completou.

O HSBC registrou US$ 16,2 bilhões de lucro mundial em 2013, resultado 15,5% maior do que os US$ 14,03 bilhões de 2012. No Brasil, foi de US$ 351 milhões no mesmo período.


Rodolfo Wrolli – 20/8/2014

seja socio