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Nota do Sindicato sobre bônus a diretores da Previ

Linha fina
Funcionários cedidos pelo Banco do Brasil precisam ser preservados e bônus, revisto
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O Sindicato e a Contraf-CUT condenam a utilização do voto de Minerva no episódio dos bônus aos diretores da Previ. O voto de Minerva, ou de “qualidade”, foi utilizado pelo presidente do Conselho Deliberativo, indicado pelo BB, para decidir sobre a extensão aos diretores da Previ do pagamento de bônus pelo banco.

O voto de Minerva no Conselho Deliberativo da Previ, imposto na reunião de julho contra os votos dos representantes eleitos, precisa ser derrubado. É uma excrescência autoritária, implantada pelo Governo FHC, e foi usado duas vezes na história da Previ. Uma, para recolher Imposto de Renda no período tucano. Outra agora, ao estabelecer parâmetros para aferição do desempenho exigido dos diretores da Previ para que tenham direito a receber o módulo bônus da PLR.  

As duas decisões não são de interesse dos trabalhadores e comprovam que a gestão compartilhada só será implantada de fato quando o voto de Minerva cair. Uma dívida dos três últimos governos petistas com os trabalhadores do BB, que precisa ser resgatada. O Sindicato continuará lutando contra essa modalidade de voto que decide coisas em favor dos interesses do banco e de seus executivos.

Mudar pagamento de bônus e preservar o pessoal do BB – A decisão de pagar o módulo bônus segue a regra prevista no convênio de cessão vigente entre o BB e a Previ. O convênio estipula que todo cedido pelo BB para trabalhar na Previ deve receber salários, benefícios e PLR semelhantes aos pagos para os mesmos cargos no banco. A regra vale há quase dez anos.

O problema é que o módulo bônus da diretoria do banco tem previsões que o distancia da regra válida para a totalidade dos funcionários. Os sindicatos negociam os valores e parâmetros de todos, menos os da diretoria. O Sindicato defende que o convênio de cessão seja revisto, mas somente na parte que toca os diretores, estabelecendo novas regras que sejam mais parecidas com as dos demais trabalhadores do BB.

É preciso preservar os funcionários cedidos à Previ. Sua dedicação e compromisso com a boa gestão do patrimônio dos associados é uma das causas do sucesso do fundo de pensão. Como participantes, administram os próprios recursos de aposentadoria e têm o maior interesse que a Previ dê certo. Romper o convênio de cessão e devolver todos ao banco, como querem alguns, pode colocar a Previ em risco e isso não interessa aos associados.


Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região - 22/8/2014

 

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