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Sindicalistas declaram apoio a Dilma

Linha fina
Em documento, dirigentes de cinco centrais expressam que o Brasil comandado pela petista é melhor que o da 'inflação' e do 'desemprego', mas cobram melhoria no diálogo com o Planalto
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São Paulo – Documento entregue por líderes sindicais à presidenta e candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, diz que não é hora de “apostar ou promover incertezas”. Segundo o texto, falar em choque de gestão, como diz a “oposição conservadora”, é a “amarga lembrança” do arrocho salarial e de uma política de austeridade fiscal que assolara a classe trabalhadora tanto na época da ditadura civil-militar quanto nas “décadas perdidas para a hegemonia do neoliberalismo”. Além disso, tais medidas, segundo os sindicalistas, não correspondem ao compromisso com a chamada pauta sindical.

O documento, de três páginas, foi entregue na quinta 7 a Dilma antes de ato realizado por entidades sindicais no Ginásio da Portuguesa, na zona norte de São Paulo, e é assinado pelos dirigentes de cinco centrais sindicais: os presidentes da CUT, Vagner Freitas, da UGT, Ricardo Patah, da CTB, Adilson Araújo, da CSB, Antônio Neto, da Nova Central, José Calixto Ramos, e o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna.

O texto se divide em duas frentes. De um lado critica as soluções propostas pelos candidatos do PSDB, Aécio Neves, e do PSB, Eduardo Campos, sem citá-los diretamente. De outro, declara apoio a Dilma, sem deixar de oferecer críticas sobre a relação mantida com os trabalhadores ao longo destes quatro anos de mandato.

Os sindicalistas expressam a preferência pela candidatura da petista por considerar que o Brasil atual "é qualitativamente melhor e mais justo do que aquele da inflação, do desemprego, das crises econômicas, das políticas do FMI, da 'privataria' e da subserviência às políticas neoliberais", referência especial ao governo de Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, aliado de Aécio.

No texto, os sindicalistas pedem um debate amplo sobre uma série de questões que já haviam sido apresentadas antes da reeleição de Dilma, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas, e a revogação do debate sobre o Projeto de Lei 4.330, de 2004, sobre a terceirização.

Desta vez, porém, os dirigentes cobram de Dilma um compromisso de que haverá um processo permanente de diálogo. Uma das principais críticas das entidades de representação dos trabalhadores diz respeito à dificuldade de negociação durante o governo da presidenta, em comparação com a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva. “Ao apoiar a reeleição da presidenta, estamos certos de que a negociação destes e de outros temas importantes para os trabalhadores serão melhor acolhidos e terão maior possibilidade de negociação com o governo federal.”


Rede Brasil Atual - 7/8/2014

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