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Bancários vão reivindicar reajuste salarial de 16% para Febraban

Linha fina
Defesa do emprego é tema central; Categoria se mobilizou também a favor dos trabalhadores do HSBC
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A categoria bancária definiu neste domingo (03), os itens da Campanha Nacional que serão entregues à Federação dos Bancos (Febraban) no dia 11 de agosto. Entre os itens principais estão o índice de 16% (reposição da inflação mais aumento real de 5,7%, acima da inflação). Também definiram o piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66) e a PLR de três salários mais R$ 7.246,82 de parcela fixa adicional. E décimo quarto salário.

A categoria também pede a valorização dos vales refeição e alimentação no valor de um salário mínimo (R$ 788). Os bancários reivindicam ainda a manutenção do emprego, melhores condições de trabalho, com o fim das metas  abusivas.

A pauta geral da classe trabalhadora também foi debatida e aprovada, como a Reforma Política, democratização dos meios de comunicação e combate a terceirização e precarização das condições de trabalho. Neste domingo foram aprovadas algumas moções, entre elas uma moção de repúdio ao ataque à sede do Instituto Lula e demais ataques aos movimentos sindical e social.

A definição da pauta final de negociação começou no início do mês de julho, com a consulta aos bancários e os debates nas conferências estaduais. Neste fim de semana, durante a 17ª Conferência Nacional, em São Paulo, cerca de 635 delegados que representam trabalhadores de bancos públicos e privados de todo o país definiram os itens para a Campanha Nacional Unificada 2015.

“O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil, nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 16,3 bilhões, com crescimento de 21,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Isso significa que mesmo com os outros setores crescendo pouco ou se retraindo, os bancos continuam com excelentes resultados. Nada mais justo que os trabalhadores, principais responsáveis por esses lucros, recebam sua parte. Um setor cujo lucro cresce mais de 20% somente no trimestre não pode dar 5,7% de aumento real aos seus trabalhadores, garantir os empregos e melhorar suas condições de trabalho?”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

Lucro dos bancos – O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 16,3 bilhões, com crescimento de 21,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Os principais itens do balanço desses bancos comprovam o sólido desempenho do setor. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancarias cresceram 12% atingindo o valor de R$ 27 bilhões.

Emprego – A defesa do emprego é uma das prioridades da Campanha 2015. “Tivemos, somente no primeiro semestre deste ano, o fechamento de 2,7 mil postos de trabalho nos cinco maiores bancos do país. Além da rotatividade, o setor também segue contratando o trabalhador com salario em média 58% menor. Você acha justificável que um setor que lucra mais de R$ 16 bi no trimestre demita milhares de trabalhadores para reduzir custos?”, questiona Juvandia Moreira. “Também vemos com preocupação a venda do HSBC. Temos hoje mais de 20 mil trabalhadores em todo o país e milhões de clientes e é como eles que o banco precisa se comprometer. Nenhum processo de venda pode causar prejuízo à sociedade brasileira”.

Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São mais de 500 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos onze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2014 de 20,07%: sendo 1,50% em 2009; 3,08% em 2010; 1,50% em 2011, 2% em 2012, 1,82% em 2013 e 2,02% em 2014.

Principais itens aprovados:
• Reajuste Salarial de 16%, sendo 5,7% de aumento real, além da inflação projetada de 9,75%
• PLR – três salários mais R$ 7.246,82
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66)
• Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 788);
• 14º salário
• Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários
• Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
• Mais segurança nas agências bancárias


Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
(11) 3188-5212 ou (11) 99485-4868
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