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Bancários destacam emprego e aumento real como prioridades na Campanha Nacional

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Primeiras rodadas de negociação entre os bancos e o Comando Nacional dos bancários aconteceram ontem e hoje (18 e 19); Próximas mesas serão dias 24 e 29
Imagem Destaque
Nas primeiras rodadas de negociação entre o Comando Nacional dos bancários e a Fenaban toda a pauta foi debatida, mas os bancos ainda não presentaram proposta. A data base da categoria é 1º de setembro. Entre os temas discutidos estão emprego, saúde, segurança, igualdade de oportunidades e remuneração.

“Mostramos aos bancos que 25% das categorias tiveram aumento acima da inflação de janeiro a maio deste ano. Os bancários querem estar nessa estatística já que trabalham para o setor mais lucrativo do país”, afirma Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região e uma das coordenadoras do Comando Nacional. “Também reivindicamos melhores condições de trabalho, em sete anos houve aumento das contas correntes em 73%, enquanto o emprego bancário cresceu apenas 33%, isso tem referência no maior investimento nas novas tecnologias e tem gerado sobrecarga de trabalho e adoecimento. Nossa realidade hoje é que apenas 27% dos bancários trabalham seis horas por dias nos bancos privados”.

Para o presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional, Roberto von der Osten, os 128 artigos que integram a minuta da categoria já estão com os bancos desde a entrega da pauta, em 9 de agosto. “Os trabalhadores esperam que a Fenaban não postergue as negociações e apresentem propostas que contemplem as demandas dos trabalhadores o quanto antes. Os bancos conhecem muito bem nossa minuta e queremos que apresentem suas propostas objetivamente, já que esgotamos o período de esclarecimentos e debates. Esta é a expectativa dos bancários e das bancárias.”, afirma.
 
Emprego e lucro - Enquanto há 512 mil bancários no Brasil, há 49,6 milhões de vínculos formais de emprego. Desta maneira os 6.785 postos de trabalho fechados nos bancos no primeiro semestre do ano tem um peso grande, já que representam 1,2% do total de postos de trabalho extintos na economia. Em outras palavras o peso do setor bancário no fechamento de postos de trabalho é maior do que o peso do setor no estoque de empregos na economia. O cenário é muito pior se pegarmos um prazo mais longo.

Não há crise para o setor bancário. O lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander), nos três primeiros meses do ano, atingiu a marca de R$ 13,131 bilhões. Dos 25 setores com empresas de capital aberto avaliados pela Consultoria Economatica o setor bancário foi o de maior lucratividade no primeiro trimestre deste ano. As receitas com prestação de serviços e tarifas bancarias cresceram 6,2% atingindo o valor de R$ 26,582 bilhões

Agências digitais - De acordo com dados da Fenaban, em 2015 as transações por meio de internet ou smartphones representaram 54% do total, enquanto os canais tradicionais (agências, ATMs e call center) foram responsáveis por 30% das transações. As transações em smartphones cresceram mais de 100 vezes desde 2011 e o número de contas corrente com mobile banking passou de 400 mil em 2009 para 33 milhões em 2015.

A Campanha Nacional Unificada 2016 reivindicamos a inclusão de uma clausula na minuta para garantir melhores condições de trabalho nas agencias digitais, incluindo garantias em termos de emprego e jornada, fim da sobrecarga de trabalho e maior remuneração.
 
Saúde - Os bancos se enquadram entre as empresas com maior risco de acidente de trabalho ou doença ocupacional no Brasil. Os dados do INSS revelam também que, entre 2009 e 2014, houve um crescimento de 70,5% nos transtornos mentais e comportamentais na categoria. No mesmo período, nas outras categorias, o crescimento foi de 19%.
 
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São cerca de 512 mil bancários no Brasil, sendo 142 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, o maior do país. Nos últimos doze anos, a categoria conseguiu aumento real acumulado entre 2004 e 2015 de 20,85% e 42,1% no piso.
 
Principais reivindicações Campanha Nacional Unificada 2016:
•      Reajuste Salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, com inflação de 9,31%
•      PLR – três salários mais R$ 8.297,61
•      Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 3.940,24)
•      Vales Alimentação, Refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá  – Salário Mínimo Nacional (R$ 880)
•      14º salário;
•      Fim das metas abusivas e assédio moral – A categoria é submetida a uma pressão abusiva por cumprimento de metas, que tem provocado alto índice de adoecimento dos bancários;
•      Emprego – Fim das demissões, ampliação das contratações, combate às terceirizações e precarização das condições de trabalho
•      Melhores condições de trabalho nas agências digitais
•      Mais segurança nas agências bancárias
•      Auxílio-educação
 

Cecilia Negrão
Assessora de imprensa do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região -
(11) 99610-5594
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Secretaria de Imprensa da Contraf-CUT
Contatos: (11) 3107-2767/Gerson (11) 99779-1679

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