A Cassi divulgou um comunicado nesta quarta-feira para esclarecer as propostas de mudança de custeio apresentadas pelo patrocinador Banco do Brasil. O texto basicamente defende os 4,5% como limite para o patrocinador, e ainda sinaliza que o banco não tem a intenção de colocar mais recursos, o que que pode culminar na liquidação da Cassi.
No segundo parágrafo, o comunicado afirma que “no caso de não existir mais a Caixa de Assistência, os funcionários da ativa ou aposentados contarão com esses mesmos 4,5% como parte patronal para custear a sua assistência à saúde”. Para o dirigente sindical Getúlio Maciel, este é um recado que parte da diretoria do Banco do Brasil não tem interesse em manter a Cassi, principalmente aqueles que vieram do mercado, como o próprio presidente Rubem Novaes.
“Em primeiro lugar, a Cassi não é departamento do banco para ficar falando pelo patrocinador. Deveria representar tanto o patrocinador quanto o associado. Então é um absurdo a Cassi soltar uma nota dessas que é exclusivamente a visão do patrocinador”, criticou. “Além disso, a gente vê que o banco esta sinalizando que o aporte que ele faria seria somente os atuais 4,5% na Cassi, que está fechando a possibilidade de mais recursos nesse momento. Isso sem falar na possibilidade de não ter negociação entre patrocinador e associados para entrada de recursos. Isso pode caminhar para a ANS sugerir a liquidação da carteira da Cassi, pois a Agência não tem força para cobrar o banco a colocar mais dinheiro e nem o associado, por conta do nosso estatuto”, completou.
Getúlio lembra que mudanças na forma de custeio e sustentabilidade do plano devem passar necessariamente pela aprovação do corpo social e discutido em todas as instâncias, respeitando o rito democrático.
“Fica o alerta de que o banco está disposto, com essa nova política de Rubem Novaes, a liquidar a Cassi. Queremos reabertura das negociações, nem que para isso precisemos derrotar o mercado e seus indicados no BB. Por conta disso, o 30º Congresso dos Funcionários do Banco do Brasil aprovou o dia 22/08 como dia nacional em defesa da Cassi, além de um calendário de luta. Temos que nos organizar”, completou.