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Chapéu
Luta

Em defesa da Cassi e por direitos iguais para todos os bancários do BB, Sindicato protesta na Torre Matarazzo

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Sindicato protesta na Torre Matarazzo (Foto: Seeb-SP)

Nesta quarta-feira, 10 de dezembro, o Sindicato realizou um protesto na Torre Matarazzo - prédio da Avenida Paulista onde está localizado um centro administrativo do Banco do Brasil - para cobrar uma proposta do BB que garanta a sustentabilidade da Cassi, além de reivindicar que os bancários oriundos de bancos incorporados e os contratados pós 2018 tenham o direito de manter a contribuição do BB nas mensalidades da Cassi na aposentaria, assim como acontece com os demais colegas do banco público.

Custeio da Cassi

Diante do longo tempo decorrido desde o início das negociações sobre o custeio da Cassi e da necessidade de garantir a segurança financeira do plano, de forma que sejam honrados compromissos com os prestadores, a representação dos bancários do BB cobra do banco, como medida emergencial, o adiantamento de 10 anos do 13º salário, medida que reforçaria o caixa da instituição. Para fortalecer o capital regulatório, também é reivindicado que o banco antecipe o valor das despesas administrativas referentes a 12 meses.

"O banco deve ser responsável pelo custeio da nossa caixa de assistência. À medida que o tempo passa, o déficit só piora e temos que discutir medidas urgentes que preservem a sua sustentabilidade. Seguimos na luta por um modelo de custeio que garanta qualidade de vida com custo acessível para todos", diz Antonio Netto, dirigente do Sindicato e representante da Fetec-CUT/SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).

Direitos iguais para todos

Outra reivindicação dos bancários do BB é que os colegas oriundos de bancos incorporados e os contratados após 2018 tenham o direito de manter a contribuição do banco nas mensalidades da Cassi na aposentadoria. Hoje, estes trabalhadores só podem manter a Cassi na aposentadoria como autopatrocinados. Ou seja, sem a contribuição do BB.

“O banco tem o dever de promover a igualdade de direitos para todo o seu funcionalismo. É inadmissível que os colegas oriundos de bancos incorporados e os contratados após 2018 sejam privados da contribuição do BB na Cassi na aposentadoria, justamente um período de maior vulnerabilidade em questões de saúde”, enfatiza Antonio Netto.

Cargos de assessoramento

O Banco do Brasil iniciou em outubro, de forma unilateral, sem qualquer comunicação com o Sindicato e sem transparência, um programa de reestruturação dos cargos de assessoramento. Desde então, o Sindicato cobra a suspensão do chamado Movimento de Aceleração Digital (MAD), mas o banco continua implementando o programa e instaurando um verdadeiro clima de tensão e ansiedade entre os funcionários.

O MAD prevê, entre outras medidas, a ampliação da jornada de trabalho de seis para oito horas para 25% dos cargos de assessoramento (assessores I, II e III) em áreas estratégicas. Com isso, vários bancários ficarão “em excesso” e terão que tentar uma vaga em outra área. Caso não encontrem, poderão ser descomissionados.

E, justamente enquanto o Sindicato protestava na Torre Matarazzo, o banco divulgou as vagas “em excesso”. Somente no centro administrativo da Paulista, 14 bancários da DICRE (Diretoria de Crédito) serão impactados.

“Aproveitamos o protesto, focado em questões relacionadas com a Cassi, para prestar solidariedade a estes colegas e reiterar nossa cobrança para que o banco assegure que nenhum bancário impactado tenha redução salarial”, conclui Antonio Netto.

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