Com dificuldade de avanço nas negociações entre sindicalistas e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, o vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Renato de Lacerda Paiva, propôs em audiência no dia 31 de julho, a prorrogação por um mês do acordo coletivo, até o próximo dia 31 de agosto. Simultaneamente, ele pediu que os trabalhadores suspendam a greve programada para começar na quinta-feira 1º, data-base da categoria. A Fentect, uma das federações que representam os empregados, afirmou que os Correios mostram desinteresse em um acordo e “empurraram” a negociação para o TST. A entidade defende que os funcionários da empresa se mantenham em “estado de greve”.
A reportagem é da Rede Brasil Atual.
“O discurso de privatização defendido pelo Governo e colocado em prática gradativamente (inclusive com os ataques aos direitos dos ecetistas) também é produzido a partir da Campanha Salarial jogando a opinião pública contra os trabalhadores e espalhando informações falsas a respeito do serviços prestados pelas empresas estatais”, afirma a Fentect. A federação defende rejeição de proposta já apresentada – que incluiu reajuste de 0,8% – e mobilização “para pressionar por uma proposta que verdadeiramente atenda os anseios da categoria”.
Essa também é a orientação da Findect, federação interestadual: reprovação da proposta da ECT e aprovação do “estado de greve”. Novas assembleias deverão ser realizadas na quarta-feira 7.
Um dos principais pontos de impasse está no plano de saúde extensivo aos pais dos empregados. A proposta do TST prevê manutenção do plano, até o dia 31, para os pais que estejam em tratamento, além de atendimentos de urgência.
Em nota, a ECT afirma que “Correios e representações sindicais mantêm as negociações para assinatura do acordo coletivo da categoria, que continuam sendo mediadas pelo TST”. A empresa diz que todos os serviços “estão sendo prestados normalmente”, informando sobre os canais oficiais de informação, pela internet (http://apps2.correios.com.br/