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Os bancários protestam contra a proposta apresentada pelos banqueiros no último dia 20: 4% de reajuste, mais R$ 1.000 de abono e Participação nos Lucros e Resultados (PLR) nos mesmos moldes da paga no ano passado, ou seja, 80% do salário mais valor fixo de R$ 733. Os banqueiros anunciaram, ainda, que pretendem retirar um direito dos trabalhadores: a 13ª cesta-alimentação paga no ano passado. Essa proposta foi rejeitada em duas assembléias de trabalhadores – uma na Praça do Patriarca, no dia 21, e outra no Bradesco Cidade de Deus, no dia 22. A Fenaban foi informada, mas até agora não marcou nova negociação.
As reivindicações dos bancários os banqueiros conhecem desde 11/8: reajuste salarial de 11,77%, PLR maior (um salário mais valor fixo de R$ 788 acrescidos de 5% do lucro líquido distribuídos de forma linear entre os funcionários), valorização dos pisos, garantia de emprego e novas conquistas – como o 14º salário, 13ª cesta-alimentação, proteção salarial (reajuste sempre que a inflação acumulada alcançar 3%). Saúde é um dos eixos de campanha e há cláusulas de prevenção, reabilitação e isonomia dos trabalhadores afastados com os da ativa. Dentre as cláusulas sociais, há pontos como a promoção da igualdade de oportunidades e o controle de tempo de espera nas filas. Também são reivindicados o fim da terceirização e a recontratação dos terceirizados; ampliação do horário de atendimento ao público para das 9h às 17h, com dois turnos de trabalho; medidas para coibir e combater o assédio moral; continuidade dos trabalhos da Comissão de Segurança Bancária; eleição de delegados sindicais nos locais de trabalho.
PM – O Sindicato enviou à Secretaria de Segurança Pública do Estado e à Polícia Militar ofício informando sobre a paralisação desta quarta-feira.
“Avisamos que foram cumpridas todas as determinações da Lei de Greve e que os bancários estão exercendo um direito legítimo. Queremos que a PM não interfira e não tente usar a violência para acabar com o protesto dos bancários”, diz o presidente do Sindicato.
A categoria – A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há cerca de 400 mil bancários. Em São Paulo, Osasco e Região são 106 mil trabalhadores distribuídos em torno de 3 mil locais de trabalho.
No ano passado, os bancários receberam reajuste salarial que variou entre 8,5% e 12,77% (no piso salarial), contra uma inflação de 6,4%.