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O presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino, explica por que os locais onde vão ocorrer as manifestações não podem ser divulgados. “Se informarmos as agências que participarão do protesto, os banqueiros obrigam os funcionários a chegar de madrugada e acionam seus departamentos jurídicos para impedir o livre direito de manifestação dos trabalhadores. Perdem um tempo fantástico com isso, mas não conseguem tempo para negociar com os trabalhadores”, afirma Marcolino. Os caixas eletrônicos funcionam normalmente.
Até a tarde desta terça-feira, dia 9, nenhuma nova rodada de negociação estava prevista. Os bancários entregaram a minuta de reivindicações no dia 10, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras duas rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto.
“Nossa data-base é 1º de setembro e até agora os bancários não têm sequer uma proposta para apreciar. Se até a semana que não for marcada uma nova rodada de negociação, os trabalhadores podem ir à greve”, avisa o presidente do Sindicato.
No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Reivindicações – Os bancários querem aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Além disso, o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.
Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.