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Bancários do Unibanco parados no Centro

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As agências do Unibanco da Praça do Patriarca e da rua Boa Vista permanecerão fechadas hoje (11) até as 12h. O ato, que abrange cerca de 2.500 trabalhadores, é mais um protesto dos bancários que estão em campanha nacional. Uma rodada de negociação deveria ter acontecido na semana passada, mas os representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) desmarcaram e não agendaram nova data.

O Comando Nacional dos Bancários entregou a minuta de reivindicações no dia 10, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras duas rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto. Nenhuma proposta às cláusulas econômicas foi apresentada aos trabalhadores que têm data-base em 1º de setembro.

O protesto no Unibanco acontece também em virtude de uma série de iniciativas da empresa, que tenta cercear o legítimo direito de participação dos bancários. O acesso ao sítio do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região - onde os trabalhadores podem conseguir informações sobre o andamento da campanha nacional – foi proibido.

Além disso, o Unibanco está fazendo o chamado contingenciamento, obrigando os bancários a entrar de madrugada com o objetivo de que não participem das manifestações da campanha. O banco, ainda, distribuiu milhões de reais em bônus aos seus executivos, mas ignora as reivindicações dos bancários, já que é um dos mais importantes da mesa de negociação da Fenaban.

“As atividades vão continuar acontecendo. E, em vez de forçar os funcionários a entrar de madrugada, o banqueiro deveria tomar vergonha na cara e negociar enquanto é tempo”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino.

No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Reivindicações – Os bancários querem aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. Além disso, o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
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