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Uma nova rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está prevista para quarta-feira, dia 27, às 15h, em local a ser confirmado. Mas a mobilização da categoria será mantida. “Marcar negociação não quer dizer apresentar proposta. Nas rodadas anteriores, os banqueiros tinham se comprometido a trazer proposta e não o fizeram. Por isso, permaneceremos mobilizados e a greve de 24 horas será realizada em todo o país”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.
O dirigente lembra que o lucro do setor cresceu, em média, mais de 40% no primeiro semestre de 2006. “E tudo que os banqueiros disseram até agora é que não querem dar aumento para os bancários. Espero que tenham mudado de idéia e que apresentem proposta digna de ser levada aos bancários. Caso contrário, a greve que amanhã será de 24 horas poderá ser ampliada depois da negociação”, avisa Marcolino.
A categoria reivindica aumento real de salários de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. No ano passado, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro.
A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto, 15 e 19 de setembro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Outras reivindicações – Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.
Também são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.