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Bancários mantêm mobilização em dia de nova negociação

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A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) anunciou uma nova rodada de negociação com o Comando Nacional dos Bancários para esta sexta-feira, dia 15, às 14h. O encontro acontece em São Paulo, no Hotel Renaissance (Alameda Santos, 2.233).  O debate deve girar em torno das cláusulas econômicas da minuta. Os bancários querem aumento real de salários, de 7,05% além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500.

Em campanha nacional, a categoria mantem mobilização permanente. E para cobrar dos banqueiros que essa não seja mais uma negociação vazia, os bancários de Osasco vão atrasar a abertura das agências dos bancos até as 12h.

“Não basta marcar negociação e não apresentar proposta nenhuma. Por isso vamos continuar mobilizados. A Fenaban tem que atender a reivindicação dos trabalhadores: aumento real e PLR maior”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. “E se essa rodada de negociação for só uma enrolação, a campanha será intensificada. Nos próximos dias pode haver uma greve geral da categoria e os trabalhadores é que vão decidir se ela será de 24 horas ou por tempo indeterminado. Afinal, já passamos quase 15 dias da nossa data-base e até agora nada”, completa o dirigente.

Reivindicações – A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras duas rodadas aconteceram nos dias 21 e 29. A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio-creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
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