Imagem Destaque
“Apesar da repressão policial os bancários estão aderindo ao movimento que começou com força no centro da capital e está sendo expandido para os bairros”, afirma o presidente do Sindicato, Luiz Cláudio Marcolino. A PM foi acionada pelo Unibanco da Praça do Patriarca, Nossa Caixa e Bradesco da rua 15 de Novembro, Bradesco da rua Boa Vista e Safra da avenida Paulista.
Negociação – Uma nova rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) está prevista para amanhã, dia 27, às 15h, no hotel Gran Meliá Mofarrej (alameda Santos, 1.437). “Não seria a primeira vez que os banqueiros marcam negociação sem apresentar proposta. Por isso, permaneceremos mobilizados e a greve de 24 horas está sendo realizada em todo o país”, diz o presidente do Sindicato.
O dirigente lembra que o lucro do setor cresceu, em média, mais de 40% no primeiro semestre de 2006. “E tudo que os banqueiros disseram até agora é que não querem dar aumento para os bancários. Espero que tenham mudado de idéia e que apresentem proposta digna de ser levada aos bancários. Caso contrário, a greve de 24 horas poderá ser ampliada depois da negociação”, avisa Marcolino.
A categoria reivindica aumento real de salários de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. No ano passado, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro.
A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto, 15 e 19 de setembro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Outras reivindicações – Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.
Também são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.