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Os bancários vão parar amanhã e em greve geral no dia 26

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Em nova rodada de negociação nesta terça-feira (19) os banqueiros repetiram o feito e não apresentaram nenhuma proposta aos bancários. A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) voltou para a reunião de hoje informando que pretendia construir uma proposta nos moldes já informados – ou seja, sem reajuste. O Comando Nacional dos Bancários informou que qualquer proposta tem que prever aumento real de salários e participação maior nos lucros e resultados, o que os banqueiros descartaram. Assim, a quinta rodada de negociação terminou sem qualquer avanço e não há uma nova reunião prevista.

“Os banqueiros querem menos dinheiro no bolso do trabalhador e com isso não vamos concordar. Diante desse quadro, os bancários vão parar”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino. “Amanhã, uma região da capital vai permanecer com os todos os locais de trabalho fechados”, informa o presidente do Sindicato, lembrando que é impossível divulgar com antecedência o local porque os banqueiros forçam os trabalhadores a entrar de madrugada, proibindo seu livre direito de manifestação.

Greve – Os bancários de todo o país prepara uma paralisação de 24 horas para a próxima semana. No dia 25, em São Paulo, os trabalhadores fazem assembléia, de acordo com os parâmetros da lei de greve, e no dia 26 haverá greve geral da categoria.

A categoria reivindica aumento real de salários, de 7,05%, além da reposição da inflação, e participação maior nos lucros e resultados – de 5% do lucro líquido linear, mais um salário bruto acrescido de R$ 1.500. No ano passado, os bancários receberam reajuste de 6% (1% de aumento real), mais R$ 1.700 de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800, após seis dias de greve no mês de outubro.

Reivindicações – A minuta dos bancários foi entregue no dia 10 agosto, quando aconteceu a primeira rodada e foram apresentadas as cláusulas prioritárias. Outras rodadas aconteceram nos dias 21 e 29 de agosto, além do último dia 15. A data-base da categoria é 1º de setembro. No Brasil há pouco mais de 400 mil bancários, 106 mil deles atuam na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas; a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões; a manutenção do emprego – por meio da proibição de dispensas imotivadas e da ampliação do horário de atendimento com dois turnos de trabalho – e a redução dos juros e das tarifas.

Além desses eixos, são consideradas prioritárias as cláusulas que reivindicam 14º salário; plano de cargos e salários para todos os trabalhadores; regramento da remuneração variável; aumento na gratificação de caixa; vale-alimentação de R$ 300; auxílio creche/babá de um salário mínimo; auxílio-educação para todos os funcionários; fim da terceirização de serviços; criação de comissão de segurança bancária; isenção de tarifas para todos os bancários; delegados sindicais em todos os bancos; programa de reabilitação profissional.
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