Um dia depois de os banqueiros saírem da negociação sem apresentar nenhuma contraproposta, os bancários vão para as ruas do Centro, nesta quarta-feira a partir da 19h, para realizar uma passeata, com direito a acompanhamento da bateria da escola de samba Tom Maior e performances de malabares e pernas de pau. A concentração será realizada na Rua Líbero Badaró, com Av. São João (próximo à Praça Antônio Prado), ao lado da sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Rua São Bento, 413).
Os bancários vão à mobilização para dizer que não agüentam mais o assédio moral, a cobrança abusiva de metas. A categoria quer mais segurança, melhores condições de trabalho, aumento real nos salários e participação maior nos lucros, reivindicações da Campanha Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro. “Esse recado será levado à mesa de negociação. Os bancos têm condições de responder às reivindicações da categoria. Esse ano estamos propondo uma nova estratégia aceita pelos banqueiros, com rodadas e temas previamente agendados. Fortalecemos a negociação, mostramos que o espaço para os resultados estava fortalecido. Se os banqueiros não mudarem de postura e apresentarem uma contraproposta, as mobilizações serão ampliadas”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Negociação – O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) darão continuidade às negociações nesta terça-feira, 20 de setembro, a partir das 10h.
Reivindicações Econômicas
* Reajuste salarial de 10,3%, que prevê aumento real de 5,5%. Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de dois salários mais valor adicional de R$ 3.500.
* Piso salarial de R$ 1.628,24 (salário mínimo definido pelo Dieese).
* Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.
* 14º salário.
* Cesta-alimentação de R$ 380 (salário mínimo vigente).
*13ª cesta-alimentação.
* Auxílio-creche/babá de R$ 380 (salário mínimo vigente).
* Auxílio-educação para todos
* Remuneração Variável - Está é a primeira vez que os bancários apresentam essa reivindicação. O objetivo é regrar o pagamento e acabar com a cobrança abusiva de metas. Assim, os bancários querem uma remuneração complementar de 10% do total das vendas de produtos feitas em cada unidade, distribuído de forma linear para todos. E 5% da arrecadação com prestação de serviços distribuídos trimestralmente de forma linear a todos os bancários de cada instituição, inclusive aos afastados por licença-saúde.
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem um acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 420 mil bancários, sendo 114 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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