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Bancários: avanços na política de prevenção e combate ao assédio moral

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A implementação de uma política de prevenção e de combate ao assédio moral foi o centro dos debates desta terça-feira, dia 2 de setembro, na negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e da Federação dos Bancos (Fenaban). Também ficou definida a manutenção da data-base para 1º de setembro e a prorrogação da validade das atuais cláusulas do contrato coletivo de trabalho.

As discussões que se estenderam por mais de nove horas serão retomadas na próxima segunda-feira, 8 de setembro, para estabelecer uma cláusula na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, que tem como objetivo a promoção de um ambiente de trabalho saudável.

"As discussões de hoje demonstram que os bancos não só reconhecem a existência de assédio moral nas instituições, mas que também é preciso existir uma política de prevenção", disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

A negociação de hoje levou ao estabelecimento de alguns princípios, diretrizes e mecanismos de implantação da política de prevenção: Valorização de todos os empregados promovendo o respeito à diversidade, a cooperação e o trabalho em equipe; Conscientização dos empregados sobre a necessidade da construção de um ambiente de trabalho saudável; Promoção de valores éticos, morais e legais;
Declaração explícita de condenação a qualquer ato de assédio; Realização de cursos de treinamento de gestores, específicos sobre o tema, incluindo comunicação, relacionamento interpessoal, liderança, feedback e mediação de conflitos; Implantação de canal seguro para utilização dos empregados para encaminhamento de denúncia; Avaliação do programa entre a representação sindical dos bancários e a representação dos bancos;

Também foi discutido que as denúncias destes casos, após serem feitas no Sindicato ou no banco, deverão ser apuradas pela instituição financeira em um prazo máximo de 60 dias. A identificação dos envolvidos será mantida em sigilo.

Ainda há outros pontos fundamentais que precisam ser negociados e, por isso, os debates serão retomados na próxima reunião, que será extraordinária para garantir que não haja prejuízo em relação ao calendário estabelecido. A formulação da política de assédio moral depois de finalizada será encaminhada à apreciação dos bancos e dos trabalhadores.

No dia seguinte, 9 de setembro, bancários e banqueiros voltam à mesa de negociação para tratar das reivindicações sobre emprego, itens sociais e cláusulas renováveis. Já nas negociações dos dias 16 e 23 de setembro serão discutidas as reivindicações econômicas.
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