Balanço parcial indica que nesta segunda-feira 28, quinto dia de greve, cerca de 26 mil bancários foram abrangidos pela paralisação em 367 locais de trabalho. Além das agências, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado), Unibanco (Patriarca, Boa Vista e CAU, onde funciona parte da tecnologia do banco), Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino e Ipiranga), Banco Real (Call Center SP1 e SP2), terceirizadas Tivit e Fidellity. No Bradesco Alphaville, onde funciona a área de sistemas do banco, novamente a paralisação se estendeu até as 10h30.
Ofício à Fenaban - Os trabalhadores cobram dos banqueiros que uma negociação seja marcada. No último sábado 26, o Comando Nacional dos Bancários, decidiu enviar ofício à federação dos bancos (Fenaban) cobrando a retomada das negociações a partir desta terça-feira 29 e reafirmando as reivindicações da categoria por aumento real de salário, PLR maior, valorização dos pisos, uma política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos.
“Os bancários entraram em greve após rejeitar proposta rebaixada da Fenaban. A paralisação tem como objetivo provocar a retomada das negociações com proposta dos banqueiros, que corresponda às reivindicações dos trabalhadores que ajudaram a construir o resultado de um dos setores mais lucrativos do país”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários.
Assembleia - Os bancários de São Paulo, Osasco e região realizam assembleia nesta segunda 28, a partir das 17h, na quadra da categoria (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) para avaliar a mobilização e decidir os rumos do movimento.
Reivindicações - A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.
Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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