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“Desde o dia 10 de agosto os banqueiros conhecem nossas reivindicações e já desperdiçaram três oportunidades de apresentar propostas. Com essa postura, os banqueiros estão levando os trabalhadores à greve por tempo indeterminado, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e membro do Comando Nacional dos Bancários.
Depois de cerca nove horas de negociação, nesta quarta 9, foram retomada as discussões de criação de um canal de denúncias para apuração do assédio moral nos bancos, mas não houve acordo sobre a manutenção de sigilo do nome dos assediadores. Em relação à segurança, ficou definida a discussão sobre o tema a partir da segunda quinzena de novembro com a presença de especialistas da área em bancos e sindicatos.
Também foi discutido o fim das metas abusivas, a ampliação da licença maternidade para seis meses, processo de reabilitação dos profissionais afastados por acidente de trabalho e igualdade de oportunidades, em virtude da diferença salarial entre homens e mulheres, comprovada no mapa da diversidade. Porém em nenhum desses casos houve conclusão e todos esses itens serão remetidos à próxima rodada de debates.
A próxima negociação será no dia 17 de setembro. “Os bancários querem propostas concretas por parte dos bancos e não abrem mão de aumento real, PLR maior, proteção ao emprego, do fim do assédio moral e das metas abusivas”, destacou.
Confira as principais reivindicações econômicas da categoria
> Índice de 10% (reposição da inflação mais 5% de aumento real)
> PLR de três salários + R$ 3.850
> Tíquete-refeição R$ 19,25 ao dia
> Cesta-alimentação R$ 465 ao mês (um salário mínimo)
> 13ª cesta-alimentação R$ 465 (um salário mínimo)
> Auxílio-creche/babá R$ 465 ao mês (um salário mínimo)
> Valorização dos pisos com base no salário mínimo do Dieese
Portaria R$ 1.432
Escriturário R$ 2.047
Caixa R$ 2.763
1º Comissionado R$ 3.477
1º Gerente R$ 4.605
> Contratação de toda remuneração (inclusive a parte variável, com o objetivo de acabar com imposição de metas abusivas)
> Garantia de emprego
> Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos, construído a partir de negociação com os representantes dos trabalhadores
> Fim do assédio moral
> Mais segurança bancária
> Ampliação da licença-maternidade para seis meses
> Igualdade de direitos entre os trabalhadores da ativa e os afastados por motivo de adoecimento, como vale transporte, tíquete-refeição e cesta-alimentação
> Auxílio-educação para todos