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Bancários decidem manter greve por tempo indeterminado

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Sem proposta dos banqueiros e sem negociação marcada, os bancários de São Paulo, Osasco e região decidiram, em assembléia, manter greve nesta terça-feira 29 e quarta-feira 30 quando acontece nova assembleia da categoria.

A federação dos bancos (Fenaban) em resposta ao oficio do Comando Nacional dos Bancários cobrando a retomada das negociações, comprometeu-se, em documento enviado à categoria, marcar uma nova rodada de negociação.

“Os bancários querem muito mais do que um compromisso, exigem que a Fenaban marque definitivamente uma negociação e apresente uma proposta que corresponda às reivindicações dos trabalhadores”, disse Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e integrante do Comando Nacional dos Bancários. “Os bancários não abrem mão de aumento real de salários, PLR maior, proteção ao emprego em caso de fusões, fim do assédio moral e metas abusivas”, ressaltou.

Assembleia – Os bancários realizam uma nova assembléia na quarta-feira 30, a partir das 17h, na quadra da entidade (Rua Tabatinguera, 192) para deliberar sobre a continuidade da greve.

Balanço – Nesta segunda-feira 28, quinto dia de greve, 39 mil bancários foram abrangidos pela paralisação em 805 locais de trabalho. Além das agências, ficaram fechados os prédios administrativos da Nossa Caixa (Rua do Tesouro, XV de Novembro, Líbero e Álvares Penteado), Unibanco (Patriarca, Boa Vista e CAU, onde funciona parte da tecnologia do banco), Banco do Brasil (Complexo São João, Verbo Divino e Ipiranga), Banco Real (Call Center SP1 e SP2), terceirizadas Tivit e Fidellity. No Bradesco Alphaville, onde funciona a área de sistemas do banco, novamente a paralisação se estendeu até 10h30.

Reivindicações - A categoria reivindica 10% de reajuste salarial (sendo 5% de aumento real), Participação nos Lucros e Resultados (PLR) composta pelo pagamento de três salários, acrescidos de valor fixo de R$ 3.850. Os trabalhadores também querem a inclusão na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) de uma cláusula de proteção ao emprego em caso de fusão. Os bancários exigem ainda o fim do assédio moral e das metas abusivas, práticas que provocam o adoecimento dos trabalhadores.

Dados da categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possuem acordo coletivo de trabalho com validade nacional. Todos os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. A categoria conta com 465 mil bancários no país, sendo 134 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
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