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Os bancários de São Paulo, Osasco e região rejeitaram proposta da federação dos bancos (Fenaban) que previa apenas a reposição da inflação (4,29%), sem aumento real de salários. A decisão foi tomada em assembléia, com mais de dois mil trabalhadores na noite desta terça 28 de setembro, que deliberou também greve por tempo indeterminado, a partir desta quarta 29.
“Os banqueiros empurraram os bancários à greve. As instituições financeiras não apresentaram aumento salarial acima da inflação, apesar do crescimento econômico do país e do excelente resultado dos bancos, que lucraram em média 29% mais do que o ano passado”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. “Os bancários não saem desta campanha sem aumento real de salários, valorização do piso, PLR maior e melhoria nas condições de saúde. A Fenaban tem de apresentar uma proposta à altura das reivindicações da categoria e dos resultados dos bancos”, ressaltou.
Assembleia – A próxima assembleia será realiza na sexta-feira 1º de outubro, na Quadra dos Bancários, a partir das 16h, quando a categoria irá decidir sobre os rumos do movimento.
Reivindicações - A categoria tem data-base em 1º de setembro. A pauta de reivindicações foi entregue à Fenaban no dia 11 de agosto. Os bancários querem aumento de 11%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-refeição, vale-alimentação, auxílio-creche e pisos maiores, além de auxílio-educação para todos e melhores condições de saúde.
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.