Reivindicações econômicas serão tratadas com a Fenaban na rodada dos
dias 15 e 16. Categoria quer 5% de aumento real, PLR e pisos maiores
Os bancários promovem nesta terça-feira 14 de setembro Dia Nacional de Luta por aumento real; Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e pisos maiores; auxílio-educação e Plano de Cargos e Carreira (PCS) para todos. A partir das 7h serão distribuídas camisetas e fitinhas amarelas - cor que na campanha de mídia representa as reivindicações econômicas - nos principais centros administrativos e agências bancárias de São Paulo, Osasco e região. A “árvore dos desejos” circulará pelos locais do ato, para que os trabalhadores pendurem bilhetes com as reivindicações que eles querem que não fiquem sem avanços na Campanha Nacional Unificada 2010.
Negociação - O Dia Nacional de Luta antecede a próxima rodada de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a federação dos bancos (Fenaban), que tem início às 15h desta quarta-feira, no Hotel Maksoud Plaza, com continuação prevista para quinta 9, a partir das 10h. Entre as principais reivindicações estão aumento real de 5%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4 mil; vale-refeição, vale-alimentação e auxílio-creche no valor de um salário mínimo (R$ 510), aumento do piso para o valor do salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88); auxílio-educação e Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para todos.
“Todas as operações financeiras disponíveis nos balanços dos bancos, apontam crescimento. Não foi à toa que as cinco maiores instituições financeiras lucraram no Brasil, R$ 21,3 bilhões, apenas no primeiro semestre deste ano, alta de 28,12% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse resultado é uma prova do quanto os bancários trabalharam intensamente e de que os bancos têm recursos de sobra para atender às reivindicações da categoria, que não sai dessa campanha sem valorização salarial e melhores condições de trabalho, já que é vítima da pressão e do assédio moral para cumprimento de metas abusivas”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
“Os próprios bancos já admitiram que só com o que arrecadam com receita de prestação de serviços, pagam com folga os custos com funcionários", destacou Juvandia ao afirmar que os bancos têm o dever de atender às reivindicações da categoria. Os cinco maiores bancos cobrem até uma folha e meia de pagamento com o que arrecadam com receita de prestação de serviços.
Confira os principais itens da pauta de reivindicação
• Reajuste Salarial – 5% de aumento real, além da reposição da inflação de 4,29%, medida pelo INPC para o período entre 1º de setembro de 2009 e 31 de agosto de 2010.
• PLR – três salários mais R$ 4 mil
• Piso – Salário mínimo do Dieese (R$ 2.157,88)
• Vales Alimentação e Refeição – Salário Mínimo Nacional (R$ 510)
• PCCS – Para todos os bancários
• Auxílio-educação – pagamento para graduação e pós.
• Emprego – Ampliação das contratações, combate às terceirizações, aprovação da Convenção 158 da OIT (contra demissões imotivadas)
• Cumprimento da jornada de 6 horas
• Fim das metas abusivas
• Fim do assédio moral
• Mais segurança nas agências bancárias
• Previdência complementar para todos os trabalhadores
• Contratação da remuneração total
• Igualdade de oportunidades
Dados da Categoria - Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 460 mil bancários no Brasil, sendo 130 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A data-base da categoria é 1º de setembro.
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