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À tarde, os bancários tomaram as ruas do centro velho em uma passeata realizada conjuntamente com os trabalhadores dos Correios, também em greve. Estima-se que 8 mil pessoas participaram da manifestação, que contou ainda com a bateria da escola de samba Tom Maior, para ajudar na animação, e com a performance de estatuas vivas da campanha Bancário Não é Máquina.
“Os bancos levaram os trabalhadores à greve. E a forte mobilização da categoria é um recado de que é dos bancos a responsabilidade de por um fim à greve. Para isso, basta apresentar uma proposta decente à categoria”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Os bancários entraram em greve após rejeitarem proposta da federação dos bancos (Fenaban), apresentada na sexta-feira 23, que previa aumento real de apenas 0,56%, por considerá-la insuficiente. Após cinco rodadas de negociação, os banqueiros, além de oferecer baixo reajuste salarial, disseram não às demais reivindicações: não à valorização nos pisos, não à participação maior nos lucros e resultados (PLR), não à melhoria nas condições de trabalho, não à segurança, não à saúde e não para mais contratações – o que permitiria melhorar o atendimento nas agências e reduziria o ritmo estressante de trabalho.
Assembleia – A próxima assembleia será na segunda-feira, 3 de outubro, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192 – Sé) a partir das 16h.
Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.