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De acordo com balanço final, 687 locais de trabalho - agências bancárias e centros administrativos -, fecharam nesta terça-feira 27, primeiro de mobilizações, na base territorial deste Sindicato. Estima-se que 21.100 trabalhadores participam das paralisações.
Os bancários entraram em greve após rejeitarem proposta da federação dos bancos (Fenaban) que prevê aumento real de apenas 0,56%, por considerá-la insuficiente. Após cinco rodadas de negociação, os banqueiros, além de oferecer baixo reajuste salarial, disseram não às demais reivindicações: não à valorização nos pisos, não à participação maior nos lucros e resultados (PLR), não à melhoria nas condições de trabalho, não à segurança, não à saúde, não para mais contratações – o que permitiria melhorar o atendimento nas agências e reduziria o ritmo estressante de trabalho.
“Os banqueiros que atuam em um dos setores mais lucrativos do país levaram os bancários à greve. Esse reajuste está aquém do reivindicado pela categoria e do crescimento de 20% no lucro dos bancos”, disse Juvandia Moreira, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, ao lembrar que os sete maiores bancos do país acumularam ganhos de R$ 26,5 bilhões só nos seis primeiros meses de 2011. “Estamos abertos à negociação. Está na mão dos bancos apresentar uma proposta decente e por fim à greve”, ressaltou.
Clientes – O autoatendimento das agências está aberto à população. “Os clientes não podem ser prejudicados. Pagam aos bancos o maior juros do planeta e merecem atendimento de qualidade. Os donos de banco precisam exercer sua responsabilidade social e respeitar bancários e clientes”, disse Juvandia ao destacar que a população deve cobrar dos bancos a isenção de pagamento de taxas e juros em caso de atraso no pagamento de contas.
Assembleia – A próxima assembleia será realizada na quarta-feira 28 de setembro, na Quadra dos Bancários (Rua Tabatinguera, 192 –Sé), a partir das 16h, quando a categoria irá decidir sobre os rumos do movimento.
Dados da Categoria – Os bancários são uma das poucas categorias no país que possui Contrato Coletivo de Trabalho (CCT) com validade nacional. Os direitos conquistados têm legitimidade em todo o país. São 484 mil bancários no Brasil, sendo 135 mil na base do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região. A categoria tem data-base em 1º de setembro.