São Paulo - A CUT e a Confederação Sindical das Américas (CSA) renovaram pelo terceiro ano consecutivo o acordo de cooperação para fortalecer a organização sindical nas Américas.
A assinatura ocorreu na tarde desta terça-feira 24, ao final da reunião da direção Executiva Nacional da Central e contou com quatro dirigentes sindicais da Central Sandinista de Trabalhadoras (CST), da Nicarágua e da CUT Honduras.
Como um dos resultados desse convênio, a delegação de hondurenhos e nicaraguenses ficará no Brasil até o próximo final de semana para participar de um intercâmbio de comunicação com a CUT.
Secretário de Relações Internacionais da Central, João Felício, destacou que o objetivo desse acordo com a CSA é retribuir a solidariedade que a maior central organização sindical brasileira recebeu de entidades europeias, canadenses e norte-americanas nos últimos 30 anos e estabelecer uma rede mundial de luta da classe trabalhadora, com presença marcante de entidades da América Latina. “Entendemos que a luta não pode se resumir a cada país para fazer as grandes transformações que queremos no mundo do trabalho”, disse.
Para consolidar esse processo de intercâmbio, a Central fundou em agosto de 2012 o Instituto de Cooperação da CUT para realizar acordos e convênios internacionais. “Queremos estabelecer relações de solidariedade para que os resultados sejam sentidos na base das entidades com as quais estamos cooperando”, falou o secretário-adjunto de Relações Internacionais e presidente do Instituto, Artur Henrique.
Para o representante da Executiva da CST, Róger Rodriguez Martínez, os trabalhadores devem agir em rede. “Brasil é grande e Nicarágua é pequena, não só em extensão, mas em riquezas e condições de trabalho. Essa experiência serve para nos motivar e ampliar a luta. Somos da mesma classe social e não pode haver diferença, gente de primeira, segunda ou terceira categoria”, comentou.
Secretário de Juventude da CUT Honduras, Vadim Oliva Alfaro, ressaltou a importância do intercâmbio para desenvolver ferramentas de comunicação. “Estamos atravessando crises políticas em nosso país e queremos aprender e levar para nosso país a capacidade de desenvolver um programa de comunicação para ajudar a avançar na organização sindical e seguir adiante em nossa luta.”
Também da CST, Nain Garcia agradeceu o apoio e destacou como o mais importante a troca de conhecimento sobre como utilizar as ferramentas digitais para ampliar a visibilidade e a presença da central na Nicarágua.
A CUT além do Brasil –Secretário de Desenvolvimento Sustentável da Confederação Sindical das Américas (CSA), Rafael Freire comentou que, em 2014, a entidade lançará a Plataforma de Desenvolvimento das Américas (Plada), inspirada no modelo de plataforma desenvolvida pela CUT e lançada no Brasil em 2012.
O objetivo da Plada é unificar os movimentos sindicais dos diferentes países em torno das disputas eleitorais que ocorrerão nas Américas no ano que vem.
Freire ressaltou ainda que a reunião do conselho da CSA foi antecipada para novembro, com o objetivo de consolidar a candidatura de João Felício para a presidência da Confederação Sindical Internacional (CSI), como nome do continente e não mais apenas da CUT. “À frente da CSA, a Central levará o que faz no Brasil para outros continentes”, ressaltou.
Secretário-geral da CSA, Victor Báez, comentou que, ao contrário de outros continentes, o movimento sindical na América Latina está crescendo. “Nossa atuação no continente latino permite que olhemos de frente os países desenvolvidos e digamos que somos capazes de fazer uma organização de Sul a Sul do planeta”, encerrou.
Isaias Dalle e Luiz Carvalho - 25/9/2013
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Maior central do país e Confederação Sindical das Américas celebraram terceiro ano seguido de parceria
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