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Sindicato lamenta morte de Carlos Ramiro

Linha fina
Carlão da Apeoesp faleceu na quinta 5 deixando amplo legado para educação e valorização dos professores
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São Paulo - O movimento sindical cutista perdeu um dos seus companheiros mais aguerridos na luta pelos direitos dos trabalhadores da educação - Carlos Ramiro de Castro, o Carlão da Apeoesp. Ele faleceu aos 64 anos na madrugada desta quinta 5, em sua residência, em São Paulo.

O Sindicato lamenta a morte do companheiro e se solidariza com a família e amigos.

Filiado ao Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) desde 1978, ingressou na rede pública de ensino em 1971 como professor de Biologia e Ciências nas cidades de São Paulo e Peruíbe.

Liderança dos professores desde o final dos anos 70, esteve à frente de muitas trincheiras em sua ampla trajetória de luta no sindicalismo, na política partidária e em conselhos como o de Políticas de Administração e Remuneração de Pessoal do Funcionalismo do Estado de São Paulo (Sinp). Foi primeiro suplente do senador Eduardo Suplicy (PT) e candidato a deputado federal.

Na Apeoesp, foi secretário geral de Organização e de Organização do Interior antes de chegar à presidência da entidade, em 2002, e ser reeleito,  em 2005.

Na CUT São Paulo, ocupou as secretarias de Política Sindical, Geral e a Vice-Presidência, de onde saiu em maio de 2012 para assumir um novo desafio aos 63 anos – tornou-se assessor do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, com a missão de intermediar o diálogo junto aos movimentos social e sindical.

“Vou tentar lutar por tudo que hoje reivindicamos e queremos ver implantado na Educação desse país”, disse em entrevista concedida à época ao site da CUT/SP.

A presença de Carlão também marcou fortemente a abertura da 1ª Conferência Livre de Educação da Classe Trabalhadora, realizada pela Central, em abril último, na quadra do Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

Sempre bem humorado mesmo diante das adversidades, ressaltou, novamente, a educação como o caminho para que o Brasil se torne um país forte e desenvolvido. “A educação é de responsabilidade de todos nós, é do povo brasileiro, não só dos trabalhadores da educação”, pontuou.

O professor será velado a partir das 17h, na sede da APEOESP, à Praça da República nº 282, no centro  paulistano. Seguirá para sepultamento em sua cidade natal, Braúna, a 494 quilômetro da capital, na região de Adamantina, em local e horário a ser definido.

Carlão deixa seu legado de militante combativo e muitas conquistas, além do sentimento de tristeza e a saudade que sentiremos.

A CUT São Paulo presta suas condolências aos familiares e amigos.


CUT/SP - 5/9/2013

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