São Paulo – Em tempos de eleições, quando os programas dos candidatos à Presidência da República discutem o papel maior ou menor do Estado, nada como reler obras que de alguma forma tratam do tema. Uma delas, o best seller O Brasil Privatizado – um balanço do desmonte do Estado, do jornalista Aloysio Biondi (1936-2000), será relançada no dia 15 de setembro, com debate no Sindicato dos Engenheiros de São Paulo (Rua Genebra, 25, Centro), às 19h.
Publicado pela primeira vez em abril de 1999, um ano antes da morte de seu autor, o livro retrata as privatizações da década de 1990, quando as políticas neoliberais comandavam o Estado brasileiro. O resultado foram empresas estatais sucateadas e depois vendidas a preço de banana.
Biondi lembra ainda que, na era FHC, o BNDES foi proibido de financiar empresas estatais, ainda que a instituição tenha sido criada, no governo Juscelino Kubitschek, “exatamente com o objetivo de fornecer recursos para a execução de projetos de infraestrutura, que exigem desembolso de bilhões e bilhões – e precisam de alguns anos para sua execução”. Reflexões importantes quando surgem programas de governo, como o da candidata à Presidência Marina Silva (PSB), que defendem a diminuição da importância de bancos públicos como o BNDES.
Autor – Aloysio Biondi é considerado um dos grandes jornalistas econômicos brasileiros. Além da visão crítica, ele abordava o assunto sem os vícios da linguagem técnica. Escreveu para veículos como Folha de S. Paulo, Veja, Diário Popular e Caros Amigos. Contribuiu ainda, por quatro anos, para a Revista dos Bancários.
Parte de sua obra, em mais de 40 anos de exercício do jornalismo, pode ser conhecida no site www.aloysiobiondi.com.br.
Debate – O debate de lançamento terá a participação dos jornalistas Janio de Freitas, que assina a introdução do livro, e Amaury Ribeiro Jr., responsável pelo prefácio, de Antônio Biondi, filho do autor e também jornalista, e do economista Luiz Gonzaga Belluzzo. Será mediado pela jornalista Renata Mielli, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.
Redação – 12/9/2014
