Pular para o conteúdo principal

Governo federal abrirá 39 cursos de medicina

Linha fina
Meta é sair dos atuais 374 mil médicos no país e chegar a 600 mil até 2026, o que garantiria média de 2,7 profissionais por mil habitantes, semelhante a do Reino Unido
Imagem Destaque

São Paulo – O ministro da Educação, Henrique Paim, e o ministro da Saúde, Arthur Chioro, autorizaram na quinta 4 a abertura de 39 novos cursos de medicina em municípios do interior, distribuídos em 11 estados, como parte do Programa Mais Médicos, que completou um ano. A meta é sair dos atuais 374 mil médicos no país e chegar a 600 mil até 2026, o que garantiria a média de 2,7 profissionais por mil habitantes, semelhante a do Reino Unido, que espelhou o nosso Sistema Único de Saúde (SUS).

Com as novas universidades, será possível garantir pelo menos mais 2 mil vagas em medicina, que serão somadas às 4.199 já criadas pelo governo federal desde o início do Mais Médicos.

Esse é o resultado do primeiro edital do Ministério da Educação, que selecionou 39 cidades com necessidade do curso, estrutura da rede de saúde pública e capacidade para abrir programas de residência médica. Os municípios passaram pela avaliação de uma comissão de especialistas. Outros sete terão até seis meses para fazer adequações recomendadas e concorrerem novamente.

A seleção será publicada na edição de sexta 5 do Diário Oficial de União. Até o final deste mês será lançado um edital de chamamento para as instituições públicas de ensino superior interessadas em oferecerem os novos cursos de medicina. As selecionadas terão a responsabilidade de implementar programas de residência médica. Ainda em setembro, o Ministério da Educação deverá lançar o segundo edital para selecionar outros municípios interessados na abertura de cursos de medicina.

“O Mais Médicos tem duas dimensões claras: suprir a carência de profissionais na atenção básica e criar condições para termos médicos em todas as partes do Brasil, a partir da expansão das vagas nos cursos de medicina. Nossa preocupação é que as vagas sejam criadas com qualidade, por isso, tivemos todo o cuidado em avaliar os municípios interessados”, explicou Paim. “Estamos invertendo o processo que era feito antes. Agora, primeiro definimos quais as regiões devem receber, para que aí a estrutura seja preparada.”

Atualmente, existem 21.674 vagas de graduação em medicina autorizadas no Brasil. Desse total, 11.269 estão no interior e 10.045 em capitais, como parte da política de interiorização do ensino superior adotada pelo governo federal. Até 2012, predominavam vagas nas capitais, que tinham 8.911, enquanto no interior havia 8.772 vagas disponíveis.

“Vamos garantir a interiorização da formação. A estratégia é que as regiões do interior possam oportunizar aos seus estudantes o acesso a um curso de medicina e à residência médica, que são decisivas no processo de fixação dos profissionais”, ressaltou Chioro.


Sarah Fernandes, da Rede Brasil Atual - 5/9/2014

seja socio