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Dirigentes sindicais debatem futuro da Associação Brasil

Linha fina
Associados da AB, dirigentes marcaram posição contra o leilão dos clubes, marcado para o dia 9, e podem tomar medidas judiciais contra a venda arbitrária do patrimônio da associação
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Divulgação

Dirigentes sindicais de todo o Brasil, associados da Associação Brasil (AB), reuniram-se em Curitiba na quarta-feira 4 para debater o futuro da associação. Os dirigentes marcaram posição contra o leilão dos clubes, marcado para o dia 9, e podem tomar medidas judiciais contra a venda arbitrária do patrimônio da AB.

“O grupo do presidente da Associação Brasil pretende entregar todo o patrimônio da AB, mantendo apenas o clube de Curitiba, desprezando assim o caráter nacional da associação e o interesse dos seus associados. O projeto desse grupo é impedir que a AB cresça, assim como qualquer mudança na sua estrutura viciada, impedindo dessa forma que a associação se consolide como um instrumento dos trabalhadores e trabalhadoras”, denuncia Luciano Ramos, dirigente da Fetec-CUT/SP e associado da AB.

“Nós, representantes dos trabalhadores, defendemos a construção de uma nova Associação Brasil, com a sua democratização e a reformulação do estatuto, compromissos firmados pela atual presidência, mas nunca honrado pela mesma”, acrescenta o dirigente da Contraf-CUT e também associado da AB, Sérgio Siqueira.

O dirigente lembra que só existiu consenso para a formação de uma chapa única em julho do ano passado nas eleições da AB com o compromisso de que imediatamente após o pleito fosse realizado seminário de planejamento em virtude do déficit mensal superior a R$ 350 mil. O seminário, de extrema importância, até hoje não foi realizado. “Outra questão colocada na época foi a convocação de assembleia para mudança do estatuto, no qual está previsto que, em caso de dissolução do patrimônio, tudo iria para a União. Nós, associados, entendemos, com base em pareceres jurídicos, que em caso de dissolução o patrimônio deve ser repartido entre os associados.”

De acordo com o dirigente, o prazo de realização da assembleia era de seis meses, vencendo em dezembro de 2018, e até hoje não foi realizada.

“Os clubes, na sua maioria, estão em estado de semiabandono. O dinheiro da venda de alguns clubes não foi revertido para os clubes que permaneceram. Já neste leilão do dia 9, clubes estão sendo oferecidos por valores muito abaixo do que realmente valem. Na reunião da Comissão de Vendas, na qual temos metade dos representantes, todos os dirigentes sindicais votarão contra qualquer tentativa de venda de patrimônio dos associados. Além disso, poderemos questionar judicialmente o leilão e também as práticas do atual presidente da administração e seus apoiadores”, conclui Sérgio.

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