O Itaú vem passando por constantes mudanças, novos projetos, reestruturações, programa GERA e o projeto Itaú 2030, por conta dos quais o banco informa que está em busca de um novo perfil de funcionário.
Em reunião com o Comando Nacional dos Bancários e os representantes dos sindicatos no dia 25 de agosto, o CEO da Área de Pessoas apresentou a todos um “banco do futuro” no qual, segundo ele, não há espaço para discriminação, há uma busca constante pela diversidade e uma profunda mudança de cultura. “Mas o que vemos são dois bancos diferentes: um que ele nos apresenta e outro vivido pelos trabalhadores no dia a dia”, aponta o o dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo Sérgio Francisco, bancário do Itaú.
“Muitas denúncias de trabalhadores com mais tempo de banco estão chegando ao Sindicato. Eles relatam que são caracterizados como mais velhos e que estão sofrendo humilhações feitas pelos gestores, que também não respeitam a questão de gênero. Temos relatos de trabalhadores de departamentos e de agências, que passaram por esses constrangimentos”, relata Sérgio Francisco.
O dirigente conta ainda que grande parte das denúncias foram relatadas por trabalhadores desligados que passaram pelo processo de CCV (Comissão de Conciliação Voluntária), que incluíram na justificativa de seus pedidos, o assédio moral e os danos morais que sofreram por conta de constrangimentos, exposições em reuniões e chacotas feitas pelos gestores.
Sindicato cobra providências
Em diversas reuniões, os dirigentes sindicais alertaram a direção do banco sobre a postura inadequada dos gestores. E essas novas denúncias serão levadas ao banco para que medidas sejam tomadas.
“Esses desligamentos não são motivados por baixa performance, uma vez que são trabalhadores que entregam resultados. O problema é que o banco está desligando trabalhadores com idade avançada ou com muito tempo de casa, e que são tratados como objetos descartáveis”, denuncia Sérgio Francisco.