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Negociação

Saúde Caixa: representação dos empregados reafirma premissas e supera impasses

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Ilustração sobre o Saúde Caixa

Nesta sexta-feira 10, a CEE/Caixa (Comissão Executiva dos Empregados da Caixa) reafirmou em reunião com representantes da Caixa suas premissas para a proposta a ser apresentada pelo banco sobre o modelo de custeio do Saúde Caixa: preservar a proporção 70/30 (70% do patrocinador e 30% dos empregados), a solidariedade, o pacto intergeracional, o mutualismo, entre outras. 

Uma nova mesa de negociação está marcada para a próxima segunda-feira 13, às 15h, na qual a Caixa deve apresentar uma proposta. 

Paridade derrotada

Um dos grandes impasses na negociação sobre o Saúde Caixa, a CGPAR 23, que a direção da Caixa insistia em aplicar para impor a paridade contributiva (50% para o patrocinador e 50% para os empregados), foi superada com a recente aprovação do PDL 342 no Senado, que sustou definitivamente os efeitos da resolução.  

Senado derruba CGPAR 23 que limitava contribuição das estatais a planos de saúde

“Esperamos que a Caixa não apresente qualquer proposta que não respeite a proporção 70/30 ou que traga elementos da CGPAR como a individualização da mensalidade e a cobrança por faixa etária” destaca o integrante da CEE/Caixa e diretor-presidente da Apcef/SP, Leonardo Quadros.

Média das projeções de despesas 

Outro grande impasse estava ligado as projeções de despesas do plano para 2022. Como a projeção da Caixa divergia da realizada por consultoria contratada pela representação dos empregados, com uma diferença de aproximadamente R$ 40 milhões entre elas, foi encontrada a alternativa negocial de se levar em conta na proposta a média das duas projeções. 

“Este foi um importante avanço, uma vez que se fosse utilizada a projeção apresentada pelo banco isso significaria um aumento substancial no custo final para os participantes. Com a alternativa de utilizarmos a média, esta valor será reduzido”, esclarece o diretor-presidente da Apcef/SP. 

Gestão 

A CEE/Caixa também reafirmou na reunião que a proposta a ser apresentada não deve contemplar apenas o modelo de custeio, mas também a gestão do plano. 

“Quando falamos que a proposta deve contemplar a gestão, estamos cobrando maior participação dos usuários no dia a dia do plano com a valorização do Conselho de Usuários, retorno dos comitês de credenciamento e descredenciamento, acesso aos dados do plano, maior frequência na apresentação de relatórios, entre outros pontos que reforçam a democracia e a transparência no Saúde Caixa, munindo os usuários de informações fundamentais para analisar qualquer reajuste que venha a ocorrer”, enfatiza Leonardo.  

Comando Nacional

O Comando Nacional dos Bancários analisou na manhã desta sexta-feira 10 os pontos colocados na negociação entre a CEE/Caixa e o banco a respeito do Saúde Caixa, validando as premissas apresentadas nas negociações até o momento.

Calendário 

Outro ponto defendido pela representação dos empregados foi a ampliação do calendário de aprovação da proposta de custeio do Saúde Caixa. O banco impõe um calendário apertado, que não permite a apresentação e o debate da proposta pelos empregados.

A Caixa concorda com a ampliação do prazo, mas alega que precisa analisar a íntegra da proposta para o acerto do calendário.

Teto de 6,5%

Apesar dos avanços nas negociações, persiste o entrave com relação ao teto de 6,5% da folha de pagamentos, estabelecido no estatuto da Caixa como limite para investimentos do banco com a saúde dos funcionários. 

“Os debates sobre o modelo de custeio ocorrem há 5 meses. Durante este período, a mobilização dos empregados, fundamental na aprovação do PDL 342, foi muito importante para avançarmos nas negociações. Agora, superados os principais impasses, apesar da Caixa insistir no teto de 6,5%, esperamos que a direção do banco apresente uma proposta que contemple as nossas premissas, aprovadas nos congressos estaduais e no Conecef, e que haja tempo hábil para que esta seja analisada e apreciada de forma adequada pelos empregados, com a necessária ampliação do calendário”, conclui Leonardo Quadros. 

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