
Passado um mês desde que o governo do presidente estadunidense Donald Trump impôs uma sobretaxa de 40% para produtos brasileiros importados pelos EUA, alcançando uma alíquota total de 50%, a balança comercial brasileira apresentou superávit de US$ 6,133 bilhões em agosto. Resultado 35,8% maior do que o registrado no mesmo período de 2024, calculado pela média diária. As informações são do portal do jornal Valor Econômico.
As exportações brasileiras alcançaram US$ 29,8 bilhões em agosto, contra US$ 28,7 bilhões em agosto do ano passado, alta de 3,9% No acumulado do ano, o Brasil exportou US$ 227,5 bilhões, crescimento de 0,5% em relação aos oito primeiros meses do ano passado.
Já o saldo corrente de comércio – soma do total exportado e importado - ficou de US$ 412,3 bilhões nos oito primeiros meses do ano, ganho de 3,2% em relação ao mesmo período de 2024.
“Diante dos ataques de Donald Trump contra a nossa soberania nacional, apoiado por parlamentares da extrema-direita que buscam livrar Jair Bolsonaro e aliados de responderem por crimes pelos quais são réus no STF, entre eles tentativa de golpe de estado, o governo brasileiro busca novos mercados e adota medidas efetivas para proteger o setor produtivo, os empregos e a renda dos brasileiros. Prova disso são os números da nossa balança comercial após um mês de tarifaço, além do fato de a taxa de desemprego ter caído para 5,8% no segundo trimestre, o menor nível da série histórica”
Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato e uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários
Plano Brasil Soberano
Em 13 de agosto, o governo federal anunciou o Plano Brasil Soberano, que reúne uma série de medidas para proteger o setor produtivo e os trabalhadores brasileiros do tarifaço de Trump. O plano é dividido em três eixos: apoio ao setor produtivo; proteção dos trabalhadores brasileiros; e abertura de novos mercados. Entre as ações, estão:
Apoio ao setor produtivo
- R$ 30 bilhões em crédito com taxas acessíveis, com prioridade para empresas mais afetadas e de menor porta; Ampliação das linhas de financiamento às exportações;
- Aumento da restituição de impostos federais (Reintegra);
- Mais compras de alimentos por órgão públicos;
- Prorrogação de prazos do regime de Drawback;
- Modernização do sistema de exportação;
Proteção dos trabalhadores brasileiros
- Acesso às linhas de crédito condicionado a manutenção dos empregos;
- Criação da Câmara Nacional de Acompanhamento do Emnprego;
Abertura de novos mercados
- 399 novos mercados abertos desde 2023;
- Conclusão das negociações com a União Europeia e Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA);
- Negociações em andamento com Canadá e Emirados Árabes Unidos;
- Em processo de diálogo com Índia e Vietnã.
7 de Setembro
No próximo domingo, 7 de Setembro, Dia da Independência, os bancários e financiários de São Paulo, Osasco e Região estarão presentes no ato em defesa da soberania nacional, que será realizado na Praça da República, a partir das 9h.
“Enquanto a extrema-direita trabalha junto a um país estrangeiro contra os interesses do Brasil e dos trabalhadores brasileiros, nós vamos para as ruas defender a nossa soberania nacional; a democracia; por justiça tributária, com a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil; pelo fim da escala 6x1; e na defesa das pautas da categoria bancária e da classe trabalhadora como um todo. Vamos juntos reafirmar que o Brasil é dos brasileiros”, conclui Neiva Ribeiro.
O ato foi convocado pela CUT, demais centrais sindicais, Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo e Grito dos Excluídos. Outros atos serão realizados em todo o país. Confira aqui os locais e horários.
